Olá!
Encontrei um artigo na web do Jorge Sabongi e adorei.
É
algo que devemos buscar em nós mesmos sem esperar que sempre haverá
alguém para fazê-lo por nós, porque simplesmente não é bem assim.
Sempre lembrando que: se você acha que pode, então você pode.
Sem maiores falácias, vamos ao artigo. É algo que eu queria de compartilhar com vocês agora. Os grifos foram feitos por mim.
(http://www.khanelkhalili.com.br/motivacao.htm)
"A incidência de depressão aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Muitas vezes ela é causada pela falta de motivação.
Ao
longo de minha vida, procurei diversos livros que falassem sobre
motivação e suas origens. Ao contrário do que muita gente pensa, para
motivar-se não basta um saldo bancário satisfatório, a compra de um bem
novo ou, simplesmente, apertar um botão. Chego à conclusão que, assim
como a chama de uma vela, a motivação é um processo interno, que
acontece em ondas, isto é, vem em etapas. É causada pela sua fluência de
idéias positivas e pela forma de como você vê e lida com a sua
realidade. Assim, só você pode controlar e manter acesa a chama dessa
vela..."
Jorge Sabongi
Já procurei em
dezenas de livros uma forma de me motivar. Tentei saber também, durante
muitos anos de minha vida, como funciona isso. Você por acaso já parou
para entender o que faz motivação andar, parar ou, até mesmo,
retroceder? Por que umas pessoas são, aparentemente, mais felizes do
que outras? O que causa a tal “felicidade”? O que faz com que nos
levantemos dispostos a tomar um banho tão caprichado que acabe mexendo
com nossa exuberância? Será que se eu tivesse, neste momento, em minha
conta corrente, cem mil dólares disponíveis, faria alguma diferença na
motivação que sinto ao levantar? Por que tantas pessoas sofrem de
depressão e têm a sensação de que as coisas caminham para um beco sem
saída?
Quantas vezes começamos a pensar e chegamos à conclusão que, se continuarmos pensando, vamos enlouquecer? Afinal,
tudo está dando tão errado. Parece que, por mais que andemos, não
saímos do lugar. Pior ainda, achamos que estamos na marcha ré.
Será possível que não exista um mecanismo para alterar esse fluxo vertiginoso? E você ainda vai dizer: "ontem eu estava bem, mas hoje, não sei o que aconteceu, o mundo parece que virou de cabeça para baixo!". Será caso de terapia? Será que sou mais um dentre tantos desajustados?
O
que dizer da perda de entes queridos ou de um amor desiludido? Como
lidar com a arrogância, a mediocridade das pessoas, as traições, a
incerteza de poder viver uma vida digna pela falta, cada vez maior, de
empregos?
Tantas perguntas e onde encontrar tantas respostas?
Só
mesmo quem já passou por uma depressão, ou várias, pode dizer qual é a
sensação: desânimo em sair da cama, vontade de isolar-se por completo,
sensação de descompasso com a vida e de descontinuidade das ações, falta
de prazer em tudo que faz. Isso quando não pula vertiginosamente para
os extremos: vontade de ir embora do mundo, de jogar tudo para cima e
suicidar-se.
Esse é o mau do século! Se não aprendermos como lidar com a desmotivação, vamos sofrer muito pelos próximos anos de nossa vida.
Imagine
que dentro de você existe uma balança: ela lhe diz o que é prazer e o
que é dor. Se você não estuda sua forma de lidar com a falta de
motivação, que se observa atualmente, é certo que sua balança precisará
ser aferida.
Não sei se você já percebeu que, em função
da vida que levamos, nosso metabolismo tende a alternar numa freqüência
muito rápida, mudando, por conseqüência, nossa condição no que diz
respeito ao humor. Em outras palavras, num determinado momento, você
até sorri, mas, no instante seguinte, seria um perigo se estivesse com
uma serra elétrica nas mãos.
Meu pai dizia uma coisa que é verdade: "somos todos assassinos de pensamento".
Repare
como o humor das pessoas se altera de forma absurda: numa fila, num
estacionamento, num trânsito, num troco dado errado...
Após
ler e meditar muito sobre o assunto “motivação”, chego a diversas
conclusões! Convido você a pensar e refletir comigo alguns aspectos bem
interessantes, que poderão fazer uma grande diferença. (Esta leitura não
é uma receita de equilíbrio, mas você poderá chamá-la como desejar se
ela reverter muito do que pensa.)
Basicamente, a
motivação que sentimos está no fluxo de lidar com idéias, usar palavras
na fluência correta, enxergar a vida com equilíbrio e lidar com várias
situações e com sua ansiedade, observar, assiduamente, como você lida
com idéias positivas, avivar boas lembranças, paixões internas ("prazer
em ter prazer"), manter distância de pessoas erradas e, também, ter a
certeza de que irá tentar e não fracassará com tanta freqüência.
A motivação está ligada a sua disposição pela persistência em tentar algo
(se você imaginar que Walt Disney foi a mais de 60 bancos para
conseguir iniciar seus projetos, ou mesmo que Ray Crock – responsável
pela expansão McDonalds - tinha 64 anos quando sua vida mudou de um
simples vendedor para um dos maiores empresários do mundo).
Para
que você possa entender melhor o que foi dito até agora, listei alguns
conceitos desenvolvidos após minhas várias leituras sobre o tema:
1)
fluxo de lidar com idéias: existe, diante de tantas coisas que surgem
cotidianamente, um certo desconforto quando não entendemos o
funcionamento das idéias.
Se você olhar o calhamaço de
novas informações adquiridas no dia-a-dia, apresentado pela pilha de
revistas, de livros que estão a sua disposição, e chegar à conclusão que
não está tendo tempo suficiente de se atualizar, terá, com certeza, um
stress e já vai se desanimar. Sossegue!!! Atualmente, o fluxo de
informações não permite que nenhum ser humano acompanhe sequer 1% das
novidades. Você não é o(a) único(a) que passa por isso.
Sorria e pense no que gosta.
Dê uma passada por tudo, mas prenda-se um pouco mais naquilo que lhe
desperta maior interesse. Faça "o que é meramente possível e humano".
Não se sacrifique à toa. Cobrança demais faz você perder o encanto pelas
coisas;
2) palavras na fluência correta: falar bem é uma arte. Falar bem e na hora certa é fundamental.
Os
tempos atuais exigem que você fale da forma correta e dê às palavras o
peso que elas merecem, em vez imprimir a raiva, que você alimenta
internamente pelas coisas. Por exemplo, é diferente dizer: "Puxa,
realmente preciso fazer uns ajustes em minha vida e procurar novas
fórmulas!" que dizer: "Estou de saco cheio, quero mandar tudo prá...!"
Evite colocar peso demais nas frases, dando uma ênfase desnecessária e exagerada ao que fala;
3)
enxergar a vida com equilíbrio e lidar com várias situações: tudo o que
não temos experiência causa-nos, imediatamente, certo receio e
desconforto. Tenha consciência disso e respeite seus limites: se você
não entende sobre algo, não queira convencer-se do contrário.
Aprenda,
passo por passo, pelas pequenas ações, a lidar com as situações. Pense
com calma como se tivesse elaborando o esquema de uma micro-cirurgia.
Chamo de "micro cirurgia" tudo que somos instados a fazer com cautela.
Pode ter certeza que uma de suas profissões é a de micro-cirurgião
social, que requer, por sua vez, a realização diária dessas intervenções
operatórias (pense nesse ponto, com carinho);
4) sua
ansiedade: esta palavra, "ansiedade", daria para escrever uma
enciclopédia. No seu conceito, ela é maligna ou benigna? Bem,
independente da conclusão, estude como você lida com ela: essa, talvez,
possa ser a causa principal do desajuste de sua motivação. Vale a pena
ler muito sobre ansiedade;
5) observar,
assiduamente, como você lida com idéias positivas: se olharmos com
frieza para o dia-a-dia que nos cerca, desde o momento em que
despertamos até a hora em que vamos dormir, seja através das notícias,
dos contatos sociais em todas as áreas, seja por meio das atitudes das
pessoas, do negativismo mundial, chegaremos à conclusão que a
“motivação” que este mundo nos passa, dirige-nos para uma vida patética.
Lidar com essas situações cotidianas, usando a maestria e o positivismo, é sua lição de casa para não ter tensão, dor e tanta tristeza.
Faça um exercício diário de olhar de forma positiva "sua realização",
não o mundo. Tenha a certeza para si mesmo(a) que está fazendo um
trabalho consciente e correto no sentido progressista. Não pense que
tudo ao seu redor está desmoronando. Construa sua forma emocional de ver
o mundo, isso é um trabalho só seu: tem que ser feito de dentro para
fora;
6) avivar boas lembranças: nossa vida é recheada
de lembranças agradáveis, mas, por uma razão estranha, temos uma
propensão em esquecer das coisas boas e nos determos a tudo que de mal
acontece a nossa volta. Coisas pequenas tendem a se transformar em
temíveis dragões, pois o fluxo de boas lembranças tem um limite pequeno
em nosso cérebro e, às vezes, optamos por nos prender a situações
desagradáveis.
Porque será que o ser humano tende a
lembrar com maior freqüência de tudo aquilo que lhe trás dor que daquilo
que lhe dá prazer? Se fizermos um exercício diário de lembrarmos, logo
cedo, de três coisas que nos deram muita alegria no passado, tenho
certeza que, em 10 dias, sua concepção sobre mundo mudará
vertiginosamente;
7) paixões internas: das minhas
observações durante a vida pude notar que a motivação do ser humano
provém das paixões que ele carrega dentro de si. Não falo das paixões
amorosas, mas daquela colocada nas ações diárias e em tudo o que
fazemos.
Escolhermos nossas vocações pelo valor
financeiro que poderemos auferir tornou-se uma regra atual. Não digo que
isso não seja fundamental; é como sempre falo para meus filhos: "olhem
para o tamanho da ambição de vocês, a forma como vocês vão querer viver
no futuro, para aí decidirem quanto deverão ganhar para poderem se
manter sem grandes pressões e frustrações". Se você avaliar e decidir o
que pode unir vocação e ambição, terá a certeza daquilo que deverá
fazer. Assemelha-se ao planejamento de uma viagem de carro: você sabe
que transitará por algumas pistas secundárias para chegar no trevo e
alcançar a estrada propriamente dita, tem de prever ainda os obstáculos.
Se você não antecipa o caminho, não pode decidir sobre a viagem; e, o
pior de tudo, é descobrir isso quando estiver na estrada e o carro
quebrar.
Suas paixões e a forma como você abraça aquilo
que faz determinam a motivação que você vai ter. Se você não abraça nem
faz com prazer, sua motivação vai abaixo de zero. Pode parecer
redundante: "é preciso ter prazer em ter prazer!". Pessoas que perdem a
paixão pela vida têm um intenso aprendizado, degrau por degrau, para
reiniciar esse processo. Nesse caso, sugiro procurar alguém para gostar
muito e, aos poucos, à medida que for se equilibrando, dividir esse
gostar com todas as pessoas ao seu redor. Não canalize tudo num único
sentido, não coloque os ovos todos em uma única cesta;
8)
manter distância de pessoas erradas: aqui, acredito eu, é um dos pontos
que mais tiram sua motivação: o contato com pessoas que tem uma
tendência exagerada em atrair problemas ou negativismo. A fórmula é
simples: se você anda com um grupo de pessoas gripadas, logo você pegará
gripe.
Vamos chamar de "pessoas erradas" todas aquelas
que não conseguem andar nos trilhos, isto é, levam uma vida
inconstante, são totalmente inseguras, não acrescentam nada positivo e,
principalmente, têm caráter discutível. Identificar pessoas erradas
requer bom senso, pulso e determinação para se afastar definitivamente
delas. Não espere ser arrastado(a) para um precipício para tomar tal
decisão. Aja rápido e não pense duas vezes! Ouça sempre sua intuição. É
fácil perceber pessoas assim.
9) ter a certeza de que
irá tentar e não fracassará com tanta freqüência: para você ter essa
certeza, é necessário que conheça um pouco de estatística e
probabilidade. A proporção de sucesso que você tem que levar em
consideração é de 20 erros para 1 acerto, isto é, 5%. Não se iluda, isso
é mais do que real. Falando claramente, 95% de tudo o que você fizer
vai dar errado, mas os 5% que derem certo farão valer a pena todo o
percurso.
Para acertar muito, você terá que tentar
muito: não existem atalhos. Tentou pouco e jogou todas as cartas cedo,
vai perder. A fórmula é simples!!! (Quantos currículos têm resposta
quando você envia 100?)
Portanto, não mine a sua motivação
pensando que vai acertar sempre em sua vida; tem que tentar inúmeras
vezes e em várias frentes, pois a certeza que algo dará certo
simplesmente não existe. Um jogo só acaba quando termina! Você pode
estar vencendo por 2 x 0, aos 44 minutos do segundo tempo, mas nada
impede que o placar vire. E você vai dizer: "mas estava tudo dando tão
certo". Por isso, esteja mais propenso a jogar; principalmente, a
perder. As dificuldades e a desmotivação entram em ação no momento em
que as coisas começam a dar errado. É aí que você precisa se equilibrar.
A
motivação é irmã gêmea da ação. Faltou forças? Troque a pilha!!! Sua
atitude é que determina se você é um(a) vencedor(a) ou não. Portanto
aja! Evite cair na armadilha pessoal da auto-comiseração. Nunca tenha
pena de si mesmo(a).
Para
se animar, ouça uma boa música, uma daquelas que mexem com seu coração
de alguma maneira, numa altura de som considerável. Se, a partir do
meio da música, você começar a cantar junto, é bom sinal. Pode ter
certeza que já vai fazer uma grande diferença.
Acima
de tudo, lembre-se: quem acende a vela é você, quem alimenta a chama é
você e quem a mantém acesa também é você... e mais ninguém. A noção dos
seus limites está em você. Quem viveu emoções fortes, tentou tantas
vezes e não deu, quem sabe o quanto doeu tudo isso, e mais, quem precisa
ser feliz em tudo isso é você.
Abraçar uma causa é
fundamental para todo ser humano, mas a "sua" causa é a mais importante
enquanto viver, enquanto existir a chama. Enfraqueça sua chama e nada
mais valerá a pena: não valerá levantar da cama, não valerá tomar aquele
banho caprichado, não valerá olhar para a frente e esperar que algo
aconteça.
Sempre digo que "hábito é algo que precisamos criar". Tudo o que fazemos por mais de 20 dias torna-se um hábito.
Crie o hábito de se motivar, descubra onde estão as suas fontes
internas. Talvez seu poço tenha secado, mas por que não crer na
possibilidade de que existam outros poços? Comece a procurar! Se você
está num deserto, não pode ficar parado, tem que achar água. E quem lhe
garante que dentro de você também não exista um deserto?
Felicidade
é um conceito motivacional. Não é tangível. Ninguém é mais feliz do
que ninguém. Você é quem decide como irá se motivar, como irá ser feliz,
mexendo no que tem aí dentro. Estude a respeito. Encontre seus pontos
internos e tenha o prazer em se conhecer.
Acordar e desanimar é bastante fácil.
Sugiro
que você vá até o espelho do seu banheiro, neste instante, e
apresente-se a alguém. Esta pessoa bem interessante que vai adorar lhe
conhecer é você mesmo(a)! Tenha a nobreza de responder: "Muito
prazer!"
Em seguida, tome um bom banho e deixe a água corrente lavar tudooooo!
Motivação começa por aí! Tentativa e erro: não deu certo? tente de novo!
Jorge Sabongi - Julho/2004