domingo, 18 de setembro de 2016

O que faz um(a) professor(a) de dança?

 

Olha eu novamente aqui falando de um assunto que muito me inquieta: O que faz um professor de dança?

Em outras ocasiões eu já havia falado sobre o que faz um professor de dança, de modo mais reflexivo. Hoje, venho falar novamente sobre isso. Talvez porque ainda precise de esclarecimentos, até mesmo para mim.

Tem empresas que contratam professores de dança, mas esquecem que este profissional precisa planejar suas aulas, precisa dançar, criar, movimentar-se.
Não entendo como pode existir um lugar que não possibilite que o professor de dança...dance!!

Estou falando de um caso pessoal meu mesmo. 
Atualmente trabalho em 3 lugares diferentes como professora de dança. Num desses lugares, trabalho de 8h às 18h, com 50 minutos de horário "livre", que eles chamam "janela", das 8h às 8h50, três vezes na semana. Porém, durante esse tempo, sou obrigada a ficar recepcionando pais e alunos que entram na instituição. Tenho que ficar sentada numa cadeira com mesa, fazendo qualquer outra coisa, sendo falsamente simpática. Isso me mata!! 
O uniforme do professor é uma calça de helanca grossa com camiseta de malha, que esquenta muito e, falando sério, é horrível para dançar e, além do mais os movimentos ficam limitados. 
O material que uso, é uma caixa de som portátil (minha mesmo) e pen drives. A empresa usa Cd's e caixas de som grandes (boas e potentes, mas que precisam ser conectadas ao aparelho de CD/DVD). Optei por não usar esses materiais (pois quando dá algum tipo de problema a culpa é do professor. E como já aconteceu isso comigo antes, a sorte era que mostrei que eu  usava meu próprio material). 

Atualmente fiz com outras duas colegas dessa empresa, um planejamento de espetáculo de fim de ano, onde eu coreografo 7 músicas. Sozinha. E não, não ganho nem R$ 0,50 centavos a mais por isso. Mas que hora eu tenho para trabalhar nas coreografias das alunas e dos professores??? Ah sim...meus horários são sábados, domingos, feriados, horários noturnos. Sempre no tempo e horário que a empresa não me disponibiliza, não me paga. Ah, vai eu falar alguma coisa... E ainda tenho que ir atrás de costureiras por meus próprios meios. 
Ei, fala sério né? 


"Ah Chris, o que vc faz num lugar desses?" todos me questionam. Bem, eu escolhi por não deixar a empresa na mão e mostrar ou pelo menos tentar mostrar como é a dança, o que faz um professor de dança, do que ele precisa....bem, estou tentando melhorar e fazer a dança ser valorizada e ser tratada como arte e não como esporte. É um trabalho muito difícil quando se trabalha com pessoas que possuem pensamentos que não são abertos ao novo, ao desconhecido, ao que elas não sabem como funcionam e não se esforçam para conhecer (vulgo ignorante). Olha, sei que o comentário aqui foi meio pesado, mas o blog é meu e escrevo a minha opinião e o que vejo, sinto, percebo. Não vou rodear, florear e falar coisas bonitinhas. Vou ser direta mesmo!


Voltando ao início, um professor de dança ministra aulas práticas de dança, se for em academias, estúdios, clubes.... já as aulas teóricas dificilmente são aceitas pelo público que não é da área. Então o que temos a fazer é: aulas práticas!

 Um professor de dança trabalha com a criatividade, criação, composição, improvisação...e é aqui que o bicho pega!! Como trabalhar com todas essas coisas se o local de trabalho toma todo o tempo do professor,  para que possa estuda, planejar, organizar...??? como faz? que mágica é essa que o professor precisa inventar?

Um trabalho bem feito precisa dos meios necessários para que seja realizado, para que fique bom, bem feito, excelente!
Eu sou dessas pessoas que gosta de um trabalho bem feito...não enrolo, não fico "morgando" ou "enganando", faço de tudo para transmitir meus conhecimentos de dança para as alunas, para que elas sejam diferentes, vejam de forma diferente, sejam críticas, observem a arte, questionem, façam, criem, dancem!

O ruim é quando a empresa em que se trabalha não vê essas coisas como um trabalho. Acha que vc não está fazendo nada. Gente...para!!!  

É complicado, difícil. Mas quando a gente gosta do que faz, essas coisas acabam ficando de lado e a tentativa é relevar e abstrair o máximo que dá e ser feliz com o que se tem! 
Talvez aquilo que não seja tão bom assim , seja uma forma de buscarmos o diferencial a partir daquilo que temos disponível. 
Eu quero deixar a minha marca e um espaço bom para a próxima professora de dança que vier a ocupar meu lugar nessa empresa. Faço isso pela dança!! Por amor ao meu trabalho e por amar ser professora de dança <3












segunda-feira, 27 de junho de 2016

Encontro àrabe pocket show. Junho de 2016

Registro da minha improvisação no encontro árabe. Eu nem ia dançar esse dia por causa de uma alergia que não me deixou nada disposta. Porém, apesar de não estar bem 100% gostei de apresentar. O importante é gostar, se divertir e fazer com o coração aquilo que gostamos. <3



terça-feira, 21 de junho de 2016

minha apresentação do mês de junho!

Acho que essa é a minha última apresentação do semestre...

Fiz várias apresentações no Mês de Junho. Nem todos tive registro... :(
Depois de tantas coisa que tive para fazer, acho que mereço uns dias de "férias" <3





terça-feira, 26 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

"OS PRIMEIROS NOMES PRÓPRIOS – DANÇA NO SEC XIX"

Vi esse texto aqui no Facebook da Lulu.
Eu falei um pouquinho sobre isso na minha pesquisa acadêmica e concordo com algumas coisas desse texto. Na verdade o que está compilado  aqui é facilmente encontrado em sites diversos, seja em inglês, seja em português. Discordo de algumas datas e acontecimentos. Mas faz parte, coisas da internet!
Como é um suuper resumo e curtinho, resolvi postar aqui.

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"Um texto  sobre os primórdios da dança Oriental
OS PRIMEIROS NOMES PRÓPRIOS – DANÇA NO SEC XIX
A revolução que fez desenvolver a Dança Oriental, se deu toda durante o sec XX principalmente através da criação do Cassino Badia, suas idéias inovadoras e as estrelas que protagonizavam seus shows

Mas antes delas existirem , também existiram outras bailarinas que eram profissionais, tinham suas performances ligadas a companhias de dança e estavam pelos palcos. Conhecemos os nomes de algumas delas.
Shaiqa la Copta 
1851-1926, El Cairo.

Shafiqa al-Qibtiyya nasceu em Sobra, no Cairo em 1851 e cresceu no seio de uma família religiosa, seu nome sendo ligado a sua devoção pela igreja ortodoxa copta de onde nasce parte de seu nome, De fato diz-se que esteve a ponto de converter-se monja.

Participa de sessões de Zaar. Popularizou o equilíbrio de candelabro e Bandejas ao dançar.
Aos 13 anos foge de casa, unindo-se a um grupo de músicos de rua, para dançar nas cercanias do Cairo. Em uma de suas apresentações conhece aquela que mais tarde seria sua Mecenas e quem lhe apresentou os prós e contras do mundo do teatro. Shooq, que a convidou para integrar seu grupo.

Shooq é a primeira bailarina oriental conhecida. Alcançou o ápice de sua carreira em 1971 o ano em que dirigia seu grupo de bailarinas, músicos e cantores, conseguindo reconhecimento em todo o Egito. Não se sabe muito mais sobre ela, a parte que foi uma grande referência, para muitas bailarinas que surgiram depois.

Depois de bailar no Clube “El Dorado”, com a experiência adquirida abre no Cairo seu próprio clube “Alf Leyla” com um programa artístico amplo e decoração luxuosa. Consegue conquistar a classe alta do Egito, de quem recebia muitos presentes em seus espetáculos. Sua competição direta era a bailarina de classe alta, chamada Bamba Kashar.
Em 1917 dança em Paris com a exposição Universal, e se apresenta com sapatos de ouro com pedras preciosas ganhando o primeiro lugar.
Sua vida amorosa era agitada. Casada com um homem que a enganava, se divorcia e conhece a um homem muito mais novo que ela, a quem tem que abandonar por diferenças sociais, essa desilusão amorosa a faz entrar em uma depressão e nas drogas. Em 1924 regressa ao Egito, doente e com diabetes. Morrre em 1926 só e arruinada. Ao seu funeral só estão presentes dois homens, seu ex marido e seu protetor durante anos.
Em 1963 o cineasta Hassan Al Imam dirige o filme “Chafiqa El Koptia”.O papel de Shafiqa foi interpretado pela atriz e bailarina Hind Rostom apelidade de Rita Hayworth do Oriente.

Bamba Kashar 
1859-1930, El Cairo.

Conhecida como Sele l Kud ( a mulher de todos )
Nasceu no Cairo no seio de uma importante e nobre família. É contemporânea de Shafiqa , mas enquanto Shafiqa dançava nos teatros e salas de festa, Bamba se negou a trabalhar em lugares públicos e atuava apenas em mansões privadas para celebrar casamentos e festas familiares da classe alta da sociedade
Foi a primeira artista a criar um festival que se chamou “the Zaar Concerts”
Era também conhecida por organizar sessões de Zaar exclusivas para as mulheres de classe alta
Em 1927 participa do filme “ Laila” interpretando uma bailarina beduína. Ela foi a primeira bailarina da históia do cinema egípcio.
Em 1974 foi feito um filme sobre sua vida. Seria o primeiro filme protagonizado por Nadia el Guindy "Bamba Kashar فيلم بمبة كشر")


Little Egypt 
1871 -?Siria


A primeira bailarina que se apresentou nos EUA ,na exposição internacional de Chicago em 1893, dentro de uma demonstração intitulada “ bailarinas argelinas do Marrocos” em que participaram bailarinas argelinas, ciganas gawazi do Egito e bailarinas de outras regiões do norte da Africa. Segundo os dados oficiais do evento venderam-se 2.250.000 entradas

Existem diversas versões sobre a verdadeira origem de Little Egypt
A reconhecida historiadora de dança oriental Wendy Buonaventura, opina que se trata da bailarina síria Farida Mazar Spyropoulos
Jamila Salimpour , de outra maneira , diz que é Fátima Djemille, afirmando que esta também havia sido vista em Wichita em 1882 , onde também se apresentou.
Fatima foi filmada por Thomas Edison em 1896, num filme apontado como imoral chamado “Fatima’s cochee-cochee dance “. Acabou famosa por ser um dos primeiros filmes censurados,( no youtube podemos encontrar duas versões uma que é na integra e outra onde aparecem faixas tapando os quadris da bailarina.
A ultima versão é Ashea Wabe, como afirma Donna Carlton em seu livro “ Looking for Little Egypt”


As três canditadas, a little Egypt; Farida, Ashea y Fatma 
Existem diversos filmes e canções norte americanas que mencionam ou tem como protagonista a “ Little Egypt”.


O filme que tem como protagonista Rhonda Fleming em 1951".


Por: Ruth Miro

segunda-feira, 4 de abril de 2016

...ser professora e aluna de dança...pode??





...então eu fiquei pensando com os meus botões sobre esse assunto semana passada.

Sou professora de dança, não nego, muitos sabem. Ministro aulas de dance mix, ritmos, dança do ventre, aulas criativas, contemporânea. Também dou aulas regulares de Ioga e alongamento, que também amoo demais.

Amo a dança, porém tenho uma visão diferente da maioria que não possui uma formação acadêmica em dança. Por mais que digam "nossa, que preconceito"! vou dizer: tem sim uma diferença. Mas não vou aprofundar nesse assunto hoje.

O que eu quis registrar aqui é que professoras de dança também podem ser alunas!! Por que  não?
Sou professora de dança, mas também gosto de ser aluna.
Algumas professoras se intimidam com isso. O que não deveria acontecer. Ir para aulas de daça como aluna é algo que me permito, é um momento meu. Com a minha dança, com a minha criatividade. 

O que ocorre é que se eu não me sinto bem de alguma forma, eu já perco a vontade de estar ali e como consequência, perco a vontade de dançar. Sou assim, fazer o quê. 

Em uma determinada aula de dança em que me matriculei, alguém soltou que eu era professora de dança. A Professora parou e me encarou por uns momentos. Suspeitei que a professora achava ou queria que eu entrasse na aula "aparecendo" fazendo piruetas e coisas tipo "Cirque Du Soleil", ou passos mirabolantes e diferentes...

Não sei o que passou na cabeça da professora. Ela disse, "olha, eu não quero te assustar, olha eu faço isso, isso e isso na minha aula"... Eu falei para ela: "não se preocupe, está tranquilo". Ela fez uma expressão do tipo "você acha que está tranquilo??" 

Na verdade não vi nada demais na aula, nada de novo, nada que me acrescentasse para falar a verdade - já que estou aqui escrevendo sobre isso. 

Mas de certa forma, a professora deve achar que a aula dela é top, é a difícil, é a não sei o quê. O que ela faz nas aulas eu faço semelhante com as minhas alunas. E pelo "nível técnico" de dança que as alunas dela demonstraram, que não era nada além do básico...fiquei sem entender. Fiquei me perguntando se era só para aparecer... Percebi que um simples respiro que eu dava, a professora chamava a minha atenção no sentido de "O que é que você está fazendo aqui? essa turma não é para você". Ou, em outras palavras "Você não é bem-vinda". Nunca respondi, retruquei e nem tentei dar explicação de nada. Sempre mantive o silêncio. Na minha opinião, é o melhor

Acho que ter uma aula com uma Professora Estrela (ou pelo menos que se acha uma) não estimula e nem inspira. 

Existe sim diferença quando um professor te corrige, tenta mostrar, ensinar, transmitir. Não precisa ser expert para ter essa percepção no sentido de cuidado aluno-professor.

Não me matriculei em uma turma para aparecer, entreter ou para ensinar alguém. Aquele momento é meu. Para aparecer, entreter ou ensinar, tem que me pagar meu bem!

Senti que em menos de um mês era hora de trocar de turma novamente. Eu já tinha migrado de uma turma (que eu adorava!!) para esta da estrelinha, por conta do trabalho mesmo. Em turmas avançadas pelas quais já passei, é a primeira vez que me sinto como uma "ameaça ao território alheio". Não sei se acho graça, ou se acho péssimo. Eu só queria estar ali e dançar, de boa, tranquilamente, na minha...

De fato, como não me senti bem-vinda e como eu acredito que não preciso dessas picuinhas frustrantes, troquei de turma, de mesmo nível. E a minha professora atual é cuidadosa, atenciosa, prestativa. Ensina, corrige, conversa. É isso o que eu faço com as minhas alunas e acredito que isso é o que se faz quando amamos: dançar e ensinar ! 

Queremos ver o melhor de nós no outro <3  Eu pelo menos me sinto muito orgulhosa quando transmito meus conhecimentos e observo que as alunas assimilaram, entenderam, compreenderam e querem continuar os estudos! 

Afinal, ser professora e aluna de dança ao mesmo tempo pode? Pode sim. Dessa forma você pode aprender a observar como se sente um aluno. Se colocar no lugar do outro é importante e muda muitas coisas!

É sim, uma ótima experiência!
Um abraço!!
Christiny




sábado, 26 de março de 2016

É isso





Então, depois de um tempinho, resolvi dar as caras aqui no blog...

Desde que me graduei em dança, resolvi resgatar alguns itens de estudo e tentar mergulhar de vez na dança oriental árabe (apenas), me atualizar, dançar mais e...claro, ensinar! Isso porque na graduação eu tinha que deixar a raqs sharqi de lado, para me dedicar ao tipo de arte que não me agradava muito, mas que eu achava legal....na verdade acho algumas coisas legais até hoje...outras, apenas ridículas... :)

Apesar de ainda querer seguir os caminhos da pesquisa em dança, percebi o quanto é difícil, burocrático e cretino o ingresso no sistema de pesquisas no Brasil. O que tenho mais dificuldade é na questão de encontrar e/ou me adequar a uma linha de pesquisa de algum fulaninho.  E vou dizer...que saco que é isso!! Sim, porque eu tenho que ir na linha de pesquisa do outro...fico a pensar...como as pessoas conseguem? Hum...soube dia desses que é por Q.I. Brasil né?

Mesmo assim tentei/tento modificar a rota dos meus estudos acadêmicos, na tentativa de enquadramento... mas parei e pensei "qual a razão de eu querer agradar alguém com alguns dos meus temas propostos de pesquisa? Quem vai pesquisar...sou eu" ...é, tem que se enquadrar se vc quiser entrar no sistema.

Mudando de assunto ... resolvi reler algumas coisas antigas aqui desse blog, relembrei que meu nome anterior (artístico) era Mahsati. Achava bonito, bacana... nome persa... porém,  sofri cópia do meu nome, mesmo!  Algumas pessoas resolveram usar Chris Mahsati (meu nome) como sendo delas...então resolvi ser só Christiny mesmo.(não vou dizer plágio, porque nomes artísticos iguais tem bastante por aí...mas Chris Mahsati achei demais).

Eu usei Chris Mahsati em cartazes e folders de propagandas das minhas aulas, em e-mails, canais do Youtube...e acabei por retirar tudo do ar. Deletei tudo. Fiz um outro blog e outro canal com o nome 'tecendo o destino', que tinha como ideia principal as minhas atividades diárias em dança, aulas, works, atividades do mundo artístico... e...advinha?? Sim, acharam a minha ideia legal e copiaram. O "legal" é que foi por pessoas conhecidas minhas. Também já pegaram o nome de um projeto meu e fizeram de outra forma. Acho cara de pau, só isso.  Mas faz parte da vida...e...como uma amiga minha disse outro dia, o que é bom é copiado. Então obrigada querida amiga por me dar uma fortalecida no ânimo e seguir em frente!

De agora em diante, vou ficar só com o meu nome mesmo Christiny.  E pronto!
Reiniciando canal no youtube e continuando meu Instagram!

bem,  
é isso!
:*

Kahramana - Farid El-Atrache / كهرمانى - فريد الأطرش





Kahramana - Farid El-Atrache / كهرمانى - فريد الأطرش


Motivação - Por Jorge Sabongi

Olá!
Encontrei um artigo na web do Jorge Sabongi e adorei.
É algo que devemos buscar em nós mesmos sem esperar que sempre haverá alguém para fazê-lo por nós, porque simplesmente não é bem assim.

Sempre lembrando que: se você acha que pode, então você pode.


Sem maiores falácias, vamos ao artigo. É algo que eu queria de compartilhar com vocês agora. Os grifos foram feitos por mim.
(http://www.khanelkhalili.com.br/motivacao.htm)


"A incidência de depressão aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Muitas vezes ela é causada pela falta de motivação.

Ao longo de minha vida, procurei diversos livros que falassem sobre motivação e suas origens. Ao contrário do que muita gente pensa, para motivar-se não basta um saldo bancário satisfatório, a compra de um bem novo ou, simplesmente, apertar um botão. Chego à conclusão que, assim como a chama de uma vela, a motivação é um processo interno, que acontece em ondas, isto é, vem em etapas. É causada pela sua fluência de idéias positivas e pela forma de como você vê e lida com a sua realidade. Assim, só você pode controlar e manter acesa a chama dessa vela..."

Jorge Sabongi

Já procurei em dezenas de livros uma forma de me motivar. Tentei saber também, durante muitos anos de minha vida, como funciona isso. Você por acaso já parou para entender o que faz motivação andar, parar ou, até mesmo, retroceder?  Por que umas pessoas são, aparentemente, mais felizes do que outras? O que causa a tal “felicidade”? O que faz com que nos levantemos dispostos a tomar um banho tão caprichado que acabe mexendo com nossa exuberância? Será que se eu tivesse, neste momento, em minha conta corrente, cem mil dólares disponíveis, faria alguma diferença na motivação que sinto ao levantar? Por que tantas pessoas sofrem de depressão e têm a sensação de que as coisas caminham para um beco sem saída?

Quantas vezes começamos a pensar e chegamos à conclusão que, se continuarmos pensando, vamos enlouquecer?  Afinal, tudo está dando tão errado. Parece que, por mais que andemos, não saímos do lugar. Pior ainda, achamos que estamos na marcha ré.

Será possível que não exista um mecanismo para alterar esse fluxo vertiginoso? E você ainda vai dizer: "ontem eu estava bem, mas hoje, não sei o que aconteceu, o mundo parece que virou de cabeça para baixo!". Será caso de terapia? Será que sou mais um dentre tantos desajustados?

O que dizer da perda de entes queridos ou de um amor desiludido? Como lidar com a arrogância, a mediocridade das pessoas, as traições, a incerteza de poder viver uma vida digna pela falta, cada vez maior, de empregos?

Tantas perguntas e onde encontrar tantas respostas?

Só mesmo quem já passou por uma depressão, ou várias, pode dizer qual é a sensação: desânimo em sair da cama, vontade de isolar-se por completo, sensação de descompasso com a vida e de descontinuidade das ações, falta de prazer em tudo que faz.  Isso quando não pula vertiginosamente para os extremos: vontade de ir embora do mundo, de jogar tudo para cima e suicidar-se.

Esse é o mau do século! Se não aprendermos como lidar com a desmotivação, vamos sofrer muito pelos próximos anos de nossa vida.

Imagine que dentro de você existe uma balança: ela lhe diz o que é prazer e o que é dor. Se você não estuda sua forma de lidar com a falta de motivação, que se observa atualmente, é certo que sua balança precisará ser aferida.

Não sei se você já percebeu que, em função da vida que levamos, nosso metabolismo tende a alternar numa freqüência muito rápida, mudando, por conseqüência, nossa condição no que diz respeito ao humor.   Em outras palavras, num determinado momento, você até sorri, mas, no instante seguinte, seria um perigo se estivesse com uma serra elétrica nas mãos.

Meu pai dizia uma coisa que é verdade: "somos todos assassinos de pensamento".

Repare como o humor das pessoas se altera de forma absurda: numa fila, num estacionamento, num trânsito, num troco dado errado...

Após ler e meditar muito sobre o assunto “motivação”, chego a diversas conclusões! Convido você a pensar e refletir comigo alguns aspectos bem interessantes, que poderão fazer uma grande diferença. (Esta leitura não é uma receita de equilíbrio, mas você poderá chamá-la como desejar se ela reverter muito do que pensa.)

Basicamente, a motivação que sentimos está no fluxo de lidar com idéias, usar palavras na fluência correta, enxergar a vida com equilíbrio e lidar com várias situações e com sua ansiedade, observar, assiduamente, como você lida com idéias positivas, avivar boas lembranças, paixões internas ("prazer em ter prazer"), manter distância de pessoas erradas e, também, ter a certeza de que irá tentar e não fracassará com tanta freqüência.

A motivação está ligada a sua disposição pela persistência em tentar algo (se você imaginar que Walt Disney foi a mais de 60 bancos para conseguir iniciar seus projetos, ou mesmo que Ray Crock – responsável pela expansão McDonalds - tinha 64 anos quando sua vida mudou de um simples vendedor para um dos maiores empresários do mundo).

Para que você possa entender melhor o que foi dito até agora, listei alguns conceitos desenvolvidos após minhas várias leituras sobre o tema:

1) fluxo de lidar com idéias: existe, diante de tantas coisas que surgem cotidianamente, um certo desconforto quando não entendemos o funcionamento das idéias.

Se você olhar o calhamaço de novas informações adquiridas no dia-a-dia, apresentado pela pilha de revistas, de livros que estão a sua disposição, e chegar à conclusão que não está tendo tempo suficiente de se atualizar, terá, com certeza, um stress e já vai se desanimar. Sossegue!!! Atualmente, o fluxo de informações não permite que nenhum ser humano acompanhe sequer 1% das novidades. Você não é o(a) único(a) que passa por isso.

Sorria e pense no que gosta. Dê uma passada por tudo, mas prenda-se um pouco mais naquilo que lhe desperta maior interesse. Faça "o que é meramente possível e humano". Não se sacrifique à toa. Cobrança demais faz você perder o encanto pelas coisas;

2) palavras na fluência correta: falar bem é uma arte. Falar bem e na hora certa é fundamental.

Os tempos atuais exigem que você fale da forma correta e dê às palavras o peso que elas merecem, em vez imprimir a raiva, que você alimenta internamente pelas coisas. Por exemplo, é diferente dizer: "Puxa, realmente preciso fazer uns ajustes em minha vida e procurar novas fórmulas!" que dizer: "Estou de saco cheio, quero mandar tudo prá...!"
Evite colocar peso demais nas frases, dando uma ênfase desnecessária e exagerada ao que fala;

3) enxergar a vida com equilíbrio e lidar com várias situações: tudo o que não temos experiência causa-nos, imediatamente, certo receio e desconforto. Tenha consciência disso e respeite seus limites: se você não entende sobre algo, não queira convencer-se do contrário.

Aprenda, passo por passo, pelas pequenas ações, a lidar com as situações. Pense com calma como se tivesse elaborando o esquema de uma micro-cirurgia. Chamo de "micro cirurgia" tudo que somos instados a fazer com cautela. Pode ter certeza que uma de suas profissões é a de micro-cirurgião social, que requer, por sua vez, a realização diária dessas intervenções operatórias (pense nesse ponto, com carinho);

4) sua ansiedade: esta palavra, "ansiedade", daria para escrever uma enciclopédia. No seu conceito, ela é maligna ou benigna? Bem, independente da conclusão, estude como você lida com ela: essa, talvez, possa ser a causa principal do desajuste de sua motivação. Vale a pena ler muito sobre ansiedade;

5) observar, assiduamente, como você lida com idéias positivas: se olharmos com frieza para o dia-a-dia que nos cerca, desde o momento em que despertamos até a hora em que vamos dormir, seja através das notícias, dos contatos sociais em todas as áreas, seja por meio das atitudes das pessoas, do negativismo mundial, chegaremos à conclusão que a “motivação” que este mundo nos passa, dirige-nos para uma vida patética.

Lidar com essas situações cotidianas, usando a maestria e o positivismo, é sua lição de casa para não ter tensão, dor e tanta tristeza. Faça um exercício diário de olhar de forma positiva "sua realização", não o mundo. Tenha a certeza para si mesmo(a) que está fazendo um trabalho consciente e correto no sentido progressista. Não pense que tudo ao seu redor está desmoronando. Construa sua forma emocional de ver o mundo, isso é um trabalho só seu: tem que ser feito de dentro para fora;

6) avivar boas lembranças: nossa vida é recheada de lembranças agradáveis, mas, por uma razão estranha, temos uma propensão em esquecer das coisas boas e nos determos a tudo que de mal acontece a nossa volta. Coisas pequenas tendem a se transformar em temíveis dragões, pois o fluxo de boas lembranças tem um limite pequeno em nosso cérebro e, às vezes, optamos por nos prender a situações desagradáveis.

Porque será que o ser humano tende a lembrar com maior freqüência de tudo aquilo que lhe trás dor que daquilo que lhe dá prazer? Se fizermos um exercício diário de lembrarmos, logo cedo, de três coisas que nos deram muita alegria no passado, tenho certeza que, em 10 dias, sua concepção sobre mundo mudará vertiginosamente;

7) paixões internas: das minhas observações durante a vida pude notar que a motivação do ser humano provém das paixões que ele carrega dentro de si. Não falo das paixões amorosas, mas daquela colocada nas ações diárias e em tudo o que fazemos.

Escolhermos nossas vocações pelo valor financeiro que poderemos auferir tornou-se uma regra atual. Não digo que isso não seja fundamental; é como sempre falo para meus filhos: "olhem para o tamanho da ambição de vocês, a forma como vocês vão querer viver no futuro, para aí decidirem quanto deverão ganhar para poderem se manter sem grandes pressões e frustrações". Se você avaliar e decidir o que pode unir vocação e ambição, terá a certeza daquilo que deverá fazer. Assemelha-se ao planejamento de uma viagem de carro: você sabe que transitará por algumas pistas secundárias para chegar no trevo e alcançar a estrada propriamente dita, tem de prever ainda os obstáculos. Se você não antecipa o caminho, não pode decidir sobre a viagem; e, o pior de tudo, é descobrir isso quando estiver na estrada e o carro quebrar.

Suas paixões e a forma como você abraça aquilo que faz determinam a motivação que você vai ter. Se você não abraça nem faz com prazer, sua motivação vai abaixo de zero. Pode parecer redundante: "é preciso ter prazer em ter prazer!". Pessoas que perdem a paixão pela vida têm um intenso aprendizado, degrau por degrau, para reiniciar esse processo. Nesse caso, sugiro procurar alguém para gostar muito e, aos poucos, à medida que for se equilibrando, dividir esse gostar com todas as pessoas ao seu redor. Não canalize tudo num único sentido, não coloque os ovos todos em uma única cesta;

8) manter distância de pessoas erradas: aqui, acredito eu, é um dos pontos que mais tiram sua motivação: o contato com pessoas que tem uma tendência exagerada em atrair problemas ou negativismo. A fórmula é simples: se você anda com um grupo de pessoas gripadas, logo você pegará gripe.

Vamos chamar de "pessoas erradas" todas aquelas que não conseguem andar nos trilhos, isto é, levam uma vida inconstante, são totalmente inseguras, não acrescentam nada positivo e, principalmente, têm caráter discutível. Identificar pessoas erradas requer bom senso, pulso e determinação para se afastar definitivamente delas. Não espere ser arrastado(a) para um precipício para tomar tal decisão. Aja rápido e não pense duas vezes! Ouça sempre sua intuição. É fácil perceber pessoas assim.

9) ter a certeza de que irá tentar e não fracassará com tanta freqüência: para você ter essa certeza, é necessário que conheça um pouco de estatística e probabilidade. A proporção de sucesso que você tem que levar em consideração é de 20 erros para 1 acerto, isto é, 5%. Não se iluda, isso é mais do que real. Falando claramente, 95% de tudo o que você fizer vai dar errado, mas os 5% que derem certo farão valer a pena todo o percurso.

Para acertar muito, você terá que tentar muito: não existem atalhos. Tentou pouco e jogou todas as cartas cedo, vai perder. A fórmula é simples!!!  (Quantos currículos têm resposta quando você envia 100?)
Portanto, não mine a sua motivação pensando que vai acertar sempre em sua vida;  tem que tentar inúmeras vezes e em várias frentes, pois a certeza que algo dará certo simplesmente não existe. Um jogo só acaba quando termina! Você pode estar vencendo por 2 x 0, aos 44 minutos do segundo tempo, mas nada impede que o placar vire. E você vai dizer: "mas estava tudo dando tão certo". Por isso, esteja mais propenso a jogar; principalmente, a perder. As dificuldades e a desmotivação entram em ação no momento em que as coisas começam a dar errado. É aí que você precisa se equilibrar.
A motivação é irmã gêmea da ação. Faltou forças?  Troque a pilha!!!  Sua atitude é que determina se você é um(a) vencedor(a) ou não.  Portanto aja!  Evite cair na armadilha pessoal da auto-comiseração. Nunca tenha pena de si mesmo(a). 

Para se animar, ouça uma boa música, uma daquelas que mexem com seu coração de alguma maneira, numa altura de som considerável.  Se, a partir do meio da música, você começar a cantar junto, é bom sinal.  Pode ter certeza que já vai fazer uma grande diferença.

Acima de tudo, lembre-se: quem acende a vela é você, quem alimenta a chama é você e quem a mantém acesa também é você... e mais ninguém. A noção dos seus limites está em você. Quem viveu emoções fortes, tentou tantas vezes e não deu, quem sabe o quanto doeu tudo isso, e mais, quem precisa ser feliz em tudo isso é você.

Abraçar uma causa é fundamental para todo ser humano, mas a "sua" causa é a mais importante enquanto viver, enquanto existir a chama.   Enfraqueça sua chama e nada mais valerá a pena: não valerá levantar da cama, não valerá tomar aquele banho caprichado, não valerá olhar para a frente e esperar que algo aconteça.

Sempre digo que "hábito é algo que precisamos criar". Tudo o que fazemos por mais de 20 dias torna-se um hábito. Crie o hábito de se motivar, descubra onde estão as suas fontes internas. Talvez seu poço tenha secado, mas por que não crer na possibilidade de que existam outros poços? Comece a procurar! Se você está num deserto, não pode ficar parado, tem que achar água. E quem lhe garante que dentro de você também não exista um deserto?

Felicidade é um conceito motivacional.  Não é tangível.  Ninguém é mais feliz do que ninguém. Você é quem decide como irá se motivar, como irá ser feliz, mexendo no que tem aí dentro.  Estude a respeito.  Encontre seus pontos internos e tenha o prazer em se conhecer.

Acordar e desanimar é bastante fácil.

Sugiro que você vá até o espelho do seu banheiro, neste instante, e apresente-se a alguém. Esta pessoa bem interessante que vai adorar lhe conhecer é você mesmo(a)!   Tenha a nobreza de responder: "Muito prazer!"

Em seguida, tome um bom banho e deixe a água corrente lavar tudooooo!

Motivação começa por aí! Tentativa e erro: não deu certo? tente de novo!


Jorge Sabongi - Julho/2004

Dança do ventre...na Grécia...

Tive curiosidade em saber como é a dança do ventre em outros países, quais as características, como ela surgiu naquele país, etc.
Esses dias tive curiosidade em saber como seria a dança do ventre na Grécia...
Olha o que eu achei na web:

Tsifteteli é o nome dado a dança do ventre grega. A origem do nome vem da palavra turca “chifteteli”, que significa “duas cordas”. Essa dança chegou até a Grécia levada pelos gregos da Ásia Menor, que se espalhavam por todo o país fugindo da invasão turca.
A Grécia foi ocupada pelos turcos durante quatro séculos, tendo sido parte do Império Otomano. Até o começo do século XIX havia muitos gregos vivendo na Turquia e muitos turcos vivendo na Grécia, o que possibilitou grande intercâmbio nas artes, culinária, etc.
A partir da independência da Grécia, os gregos que viviam em cidades turcas vieram para território grego. Esses, por sua vez, tinham uma tradição musical bastante marcante, influenciada pela música árabe, armênia e turca.
Talvez para lembrar de sua terra natal, esses povos desenvolveram ainda mais suas tradições musicais em solo grego. 
Contudo, muito provavelmente, a dança do ventre já existia na Grécia. As mulheres gregas antigas dançavam para Afrodite, a deusa do amor. A possibilidade de ser esta a dança do ventre é considerável, já que o intercâmbio cultural entre povos do oriente médio e gregos era muito acentuado.
O tsifteteli passou por algumas mudanças nos últimos oitenta anos. O conteúdo das músicas passou a ser mais alegre e festivo. Isso, ao passo que as antigas refletiam claramente o sofrimento dos povos que foram forçados a emigrar, deixar sua terra natal. Portanto, o tsifteteli original não era uma dança alegre, mas uma introspecção. As músicas modernas desse estilo são bem diferentes, mas alegres, divertidas e mais similares as orientais. Por isso, hoje se pode dançar o tsifteteli com passos de dança do ventre tradicional.
Atualmente, o tsifteteli é dançado em todos os lugares: festas folclóricas, casas noturnas e buzukias (casas noturnas onde se toca buzuki instrumento de cordas grego) e festas particulares. Trata-se de uma dança social. Dançado por casais, é uma forma de expressão da alma e um jogo amoroso.

Autora: Tamara Hannah – professora e bailarina profissional de dança do ventre, formada há dez anos pela Mestra Samira Samia, com Selo de Excelência Oriente, Encanto e Magia. Temporada em Nova York, ano de 2008. Participação especial na novela Belíssima, TV Globo, 2006. Proprietária do Estúdio Danças do Mundo, de São Paulo. Fone: (11) 3812-3938 - Site: www.tamaraenicolas.com
Matéria Publicada na edição nº 2 - Ano 1 - Novembro e Dezembro de 2010
do Guia Alif pág 12 - http://www.guia.alif.com.br/

Nancy Ajram - Lawn Eiounak / نانسى عجرم - لون عيونك



Adoro essa música e clip!! :)
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Pequeno resumo de ritmos

O Estudo dos Ritmos é importante para todos os praticantes desta Arte pois é apartir deste que poderemos reconhecer as musicas e estilos da dança do ventre. Quanto mais se escuta a música árabe, mais se compreende os ritmos. Alguns deles são utilizados em situações específicas como em danças folclóricas. É imprescindível que a bailarina tenha conhecimento sobre os ritmos, tempos, compassos, frases rítmicas por ser uma ferramenta necessária para a construção de coreografias e improvisações.

Principais Ritmos:

BALADI
Compasso: 4/4 - significa que a cada compasso terá 4 tempos (batidas)
Cantando : Dum, Dum - takata - Dum - takata - taka

Baladi significa minha terra, meu país. É um ritmo folclórico em homenagem a terra e ao campo. Normalmente rápido e animado, permite muitas oportunidade de performance para a bailarina.

O Dum duplo ( Baladi 2 Dum ) tende a não ser tão evidente quando não há acompanhamento melódico. Por vezes, fica um pouco dificil identificar, ou seja, pode não ser ouvido de imediato.

MAKSUN
Compasso: 4/4 - significa que a cada compasso terá 4 tempos (batidas)

Cantando: Dum – takata – Dum - taka – taka ou
Dum – tá – takata – Dum – takata – taka ( rápido )

Amplamente utilizado no Egito, principalmente na música egípcia moderna. Possui variações, uma lenta e uma rápida. É um ritmo bastante animador.


A palavra Maksun, significa alguma coisa que foi partida pela metade, talvez pelo acento forte no contratempo entre um e dois. Sua diferença entre o Baladi é que o Baladi inicia-se com 2 Dum e o Maksun com 1 Dum ( por isso também é conhecido como Baladi de 1 Dum ) e é mais acelerado.


A grande maioria das músicas cantadas são acompanhadas por Maksun.


SAID

Compasso: 4/4 - significa que a cada compasso terá 4 tempos (batidas)

Cantando: Dum – takata – Dum,Dum – takata

Originário do Sul do Egito, é utilizado na Dança do bastão feminina.


Bastante utilizado em celebrações pelo povo da região chamada “SAID”. Existe a mais de 150 anos e tornou-se bastante popular e usualmente tocado de forma aceleradas com sobrepostas e fortes.


É o reverso do Baladi. Os dois Dum que iniciam o Baladi, no Said encontram-se no centro do compasso, nos tempos “E 2”. As vezes é tocado com uma antecipação do primeiro tempo, tornando mais quebrado e rico.


WHADA WO NOZ

Compasso: 8/4 - significa que a cada compasso terá 8 tempos (batidas)

Cantando: Dum – takata-takata – takaDum, Dum tá ou
Dum – taka-taka – Dum,Dum-tá.

Whada é um em árabe e corresponde ao primeiro Dum do compasso, e Wo Noz significa no meio.

O ritmo lembra o caminhar do camelo no deserto. A metade dele é muito usadas nas músicas clássicas, servindo para quebrar uma evolução – parte da música mais acelerada – dando uma sensação de introspecção da bailarina aos seus movimentos corporais.
A bailarina deve evitar seguir somente os acentos fortes do ritmo para não ignorar o solo do instrumento melódico.

AYUBI/ZAAR


Compasso: 2/4 - significa que a cada compasso terá 2 tempos (batidas)

Cantando: ( lento ) Dum – kaDum ,kaDum – kaDum,kaDum...
( rápido ) Dum – kaDum,kaDum,kaDum,kaDum...

É um ritmo linear e constante o tempo todo.

Tocado no oriente desde a Turquia até o Egito, ele se encaixa bem com outros ritmos principalmente para acentua-los, além de ser encontrado tanto em músicas clássicas como em popular.

Não é executado durante muito tempo por ser monótono. A dança egípcia zaar é realizada para afastar maus espíritos.


SAAIDI: ritmo 4/4, originário de El Saaid, no Alto Egito (era chamado de Raks Al Assaya). Utilizado para a dança da bengala ou bastão. Dum -tá-takaDum-Dum-taka-tá

SOUDI/KHALEEGE: ritmo utilizado para o khaleege. Dum--Dum--tá-/ Dum--Dum--tá-/ Dum

MAQSOUM: ritmo 4/4 amplamente utilizado no Egito. Possui duas variações, uma lenta e uma rápida. Significa “cortado ao meio”. DUM Tá-Tá DUM- Tá

FALLAHI: os fallahin são fazendeiros egípcios que utilizam este ritmo 2/4 em suas celebrações. É tocado, geralmente, duas vezes mais rápido que o maqsoum. Dum-takataka-tá, Dum takataka

MASMOUDI: ritmo 8/4 egípcio. O masmoudi kebir é também chamado “masmoudi de guerra”, devido a sua cadência agressiva. Dum- Dum- Dum-takataka-Dum-taka-taka

CHIFITELLI: ritmo 8/4, que é executado lentamente (comparando-o ao Balady). Originou-se provavelmente na Grécia ou na Turquia. Além de utilizado na Raks el Charky, também é utilizado na Turquia como dança de casais. Dum-katá-katá-Dum-taka-tá

MALFUF ritmo 2/4 egípcio bastante utilizado na Raks Charky, sobretudo, para entrar ou sair do palco. Dum-katá -katá-/Dum-katá -katá-/Dum

SAMAAI: bastante utilizado na música egípcia. Possui uma seqüência de três partes. Compõe um ritmo 10/8. Dum-taka-taka-tá, taka-Dum,Dum-tá

TAKSIM: é uma improvisação que não possui ritmo ou estrutura definida. 
Fonte: http://flaviakahyna.multiply.com/reviews/item/46  (texto copiado na íntegra) 

Playlist 4: Maqsum Modern & Fusion


Video de Blanca Bellydance, amo essa playlist :)