RESUMO
A dança enquanto um processo educacional, não se resume simplesmente em
aquisição de habilidades, mas sim, poderá contribui para o
aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do
movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação
com o mundo. O uso da dança como prática pedagógica favorece a
criatividade, além de favorecer no processo de construção de
conhecimento.
Este trabalho tem como objetivo refletir a importância da dança na
escola, como instrumento de socialização, para a formação de cidadãos
críticos, participativos e responsáveis. A dança, sendo uma experiência
corporal, possibilitará aos alunos novas formas de expressão e
comunicação, levando-os à descoberta da sua linguagem corporal, que
contribuirá para o processo ensino aprendizagem.
Palavras chaves: Dança, habilidade, socialização e processo ensino aprendizagem.
Abstract:
The dance as an educational process, not just simply in acquiring
skills, but may be contributing to the improvement of basic skills,
fundamental movement patterns in the development of human potential and
its relationship with the world. The use of dance as a pedagogical
practice, fosters creativity, and encourage the process of knowledge
construction. This work aims to reflect the importance of dance in the
school as an instrument of socialization, for the formation of critical
citizens, participatory and accountable. The dance is a bodily
experience; enable students to new forms of expression and
communication, leading them to the discovery of his body language, which
will contribute to the learning process. Keywords: Dance, ability,
socialization and learning process.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO |
9 |
I. O AVANÇO DA DANÇA COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, DIANTE DO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO |
12 |
I. I – História da Dança
|
12 |
I. II - Histórico da educação no país
|
16 |
I. III - O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem
|
19 |
II. A DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR: SEU HISTÓRICO E SUA PARTICIPAÇÃO PEDAGÓGICA |
23 |
II. I – Dança no espaço escolar
|
23 |
II. II - Visão dos professores e gestores com relação a influência /resultado da dança no processo ensino aprendizagem
|
28 |
III. DANÇA: CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES |
31 |
III. I – Contribuições da dança no processo ensino aprendizagem
|
31 |
III. II – As dificuldades enfrentadas pelo ensino da dança no processo de educação
|
36 |
CONSIDERAÇOES FINAIS |
41 |
REFERÊNCIAS |
42 |
INTRODUÇÃO
A presente monografia é parte de reflexões sobre a dança nos espaços
escolares como componente lúdico capaz de oferecer aos alunos um
importante instrumento pedagógico para o desenvolvimento corporal, além
de contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem.
Pode-se dizer então, que a dança enquanto um processo educacional, não
se resume simplesmente em aquisição de habilidades, mas sim, poderá
estar contribuindo para o aprimoramento das habilidades básicas, dos
padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das
potencialidades humanas e sua relação com o mundo. Além de favorecer no
processo de construção de conhecimento.
A monografia partiu das seguintes problemáticas: Será que a dança tem
sido vista como uma importante prática pedagógica ou um lazer? Por que
será que a dança raramente faz parte de nosso sistema escolar? Até que
ponto a dança pode contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem?
Essa monografia justifica-se pela necessidade de conscientizar que a
dança como componente curricular não pretende formar bailarinos, antes
disso, pretende oferecer ao aluno uma relação mais efetiva e intimista
com a possibilidade de aprender e expressar-se criativamente através do
movimento.
Além do mais, a Dança na escola não é a arte do espetáculo, é educação
através da arte. A dança tem suma importância para alcançar os objetivos
da Educação, um deles sendo o desenvolvimento dos aspectos afetivo e
social, portanto esta prática propicia ao aluno grandes mudanças
internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de
se expressar e pensar.
Foram utilizadas como hipóteses para a fundamentação dessa pesquisa:
que a dança como prática pedagógica implicará em um trabalho de
qualidade e facilitará o processo ensino aprendizagem, porém sem um
planejamento, resultará em um trabalho sem compromisso, que prioriza a
execução de movimentos corretos e perfeitos gerando assim a
competitividade entre os alunos.
Os objetivos dessa monografia foram investigar, sob forma
bibliográfica, de que forma a dança como prática educativa pode
contribuir com o processo ensino aprendizagem. A fim de levar os
educadores a refletirem sobre suas práticas pedagógicas, contribuindo de
maneira significativa para a entrada definitiva da dança no currículo
das escolas brasileiras. Conscientizar sobre a importância da dança no
espaço escolar. Incentivar a reflexão de novas idéias e discussões sobre
a educação pela dança.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, inserida na
metodologia de pesquisa bibliográfica, onde foram analisados dados,
selecionando apenas os resultados que expressam significados sobre o
tema cuidado, obtidos pela análise temática de conteúdo. Assentada nos
pressupostos de Érica Verderi e Paulina Ossona e outros estudiosos do
tema em ação, que propõem a dança na escola como um recurso metodológico
para o trabalho do professor.
Tais estudiosos acreditam que a dança é tão importante para a criança
quanto falar, cantar, brincar. Inclui uma riqueza de movimentos que
envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que enriquecem a
aprendizagem. Os gestos e movimentos expressivos nela existentes
favorecem uma ação livre e prazerosa. Por meio de ações que envolvem a
dança, o processo de aprendizagem ocorre de forma direta e íntima, pois a
criança assimila informações com o corpo, mente e emoções.
Esta monografia foi instituída em três capítulos: O primeiro capítulo
relata dobre a o avanço da dança como processo de aprendizagem, diante
do histórico da educação. O segundo capítulo discorre sobre a dança no
espaço escolar: seu histórico e sua participação pedagógica. Já o
terceiro capítulo trata da contribuição da dança e suas dificuldades no
processo de educação
I – O AVANÇO DA DANÇA COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, DIANTE DO HISÓTRICO DA EDUCAÇÃO
I.I – História da Dança
A dança, em sentido geral, caracteriza-se pela arte de mover o corpo e
assume papel fundamental nos dias de hoje, enquanto forma de expressão
torna-se praticamente indispensável para vivermos presentes, críticos e
participantes em sociedade.
Fazendo uma analogia histórica, observa-se que todos os povos, desde a
Antigüidade, cultivavam formas expressivas como as danças, os jogos e as
lutas. De acordo com VERDERI ( 2009): “O homem
primitivo dançava por inúmeros significados: caça, colheita, alegria,
tristeza,... O homem dançava para tudo que tinha significado, sempre em
forma de ritual.”
Isso nos faz perceber que a dança é realmente uma das artes mais antiga
que o homem experimentou. E que ao longo dos anos evoluiu em conceitos,
nos fatos sociais e culturais, relevando a relação do homem com o mundo
e seus diferentes meios de vida.
Percebemos também que, o movimento dançado foi a primeira forma de
expressão emotiva, manifestação dos temores e sentimetos. Logo passou a
ser uma cerimonia, espetáculos, celebração, e por fim uma forma de
divertimento e aprendizagem.
Podemos observar que a dança foi uma forma de expressão de varios
acontecimentos que marcaram época na humanidade, a partir dela o homem
pode demonstrar papéis sociais e desempenhar relações dentro de uma
sociedade.
Ao longo da história a dança foi associada também ao universo
pedagógico, pois além de uma forma de diversão e espetáculo é, de acordo
com FERRARI(2003)," educação". Na educação, ela está
voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente,
favorecendo todo tipo de aprendizado que eles necessitam.
Diante disso, podemos compreender que a dança tem grande valor pedagógico.
Ela possui uma importante ligação com a educação, visto que no universo
pedagógico ela auxilia o desenvolvimento do aluno, facilitando sua
aprendizagem e resultando na construção do conhecimento. De fato a dança
também é um meio de educação, como afirma o autor abaixo.
Nesta perspectiva, PEREIRA (2001) coloca que:
(...)“a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com
ela,pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros;
a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem
novos sentidos, movimentos livres (...). Verifica-se assim, as
infinitas possibilidades de trabalho do/ para o aluno com sua
corporeidade por meio dessa atividade”.
Tal afirmativa nos faz compreender que trabalhar com a dança dentro de
uma visão pedagógica vai muito além do que ensinar gestos e técnicas aos
alunos. Na verdade trabalhar com a dança permite ensinar, da maneira
mais divertida, todo o potencial de expressão do corpo humano. É um
ótimo recurso pedagógico para desenvolver uma linguagem diferente da
fala e da escrita, e até mesmo aumentar a socialização da turma.
A dança com o passar do tempo foi ganhando cada vez mais espaço na área
educacional até chegar aos dias de hoje, porém não é a proposta desta
pesquisa relatar toda essa trajetória, mas apenas um breve
posicionamento de sua evolução, com finalidade de informação.
Segundo OSSONA (1988), nas antigas culturas a dança
teve um caráter de espetáculo, manifestações populares, e na Idade Média
passou a ser uma forma de entretenimento das classes altas e as do
povo. Segundo a autora, a dança desde a pré-história é uma forma de
manifestação, uma “expressão corporal”, que com o passar do tempo,
sofreu diversa influências e foi ganhando espaço na educação.
Com isso percebemos que a dança percorreu um longo caminho até obter
esse espaço, essa visão de dança como um recurso para a prática
pedagógica. Ela sofreu influências tecnológicas, foi também muito
influenciada pelas novas condições sociais fazendo surgir novas
propostas de arte enquanto forma de educação.
Podemos perceber tais influências no fato de terem surgidos novos
recursos musicais e instrumentais, e o fato da sociedade, hoje, ter mais
acesso a cultura, o que antigamente era restrito as classes sócias
altas.
Tais propostas são até hoje refletidas e discutidas, visto que muitas
pessoas ainda vêem a dança como apenas uma forma de diversão, como a
autora ressalta acima, “um espetáculo”, com isso esquecem o seu papel
pedagógico, suas diversas contribuições enquanto educação.
Durante uma ocasião a dança foi relacionada à Educação Física, chegando
a ser incluída na formação desses professores. Esta disciplina
tornou-se importante ao longo da época, que em seguida passou a fazer
parte dos currículos das licenciaturas de Educação Física em abrangência
nacional. O novo currículo confirmou a necessidade do profissional em
Educação Física desenvolver competências em termos de dança em suas
diferentes manifestações. Também surgem destaques de que o método Dança-
Educação Física vinha sendo fortalecido como proposta teórica voltada
para a integração do indivíduo como um todo.
(www.musica.ahistoria.com.br)
Ainda hoje, encontramos em muitas escolas a dança relacionada com a
Educação Física, muitas instituições ainda restringem o uso dessa arte
como um recurso pedagógico a ser utilizado em sala de aula, e a oferecem
apenas nas aulas de Educação Física, ou ainda como uma atividade
extracurricular da escola.
Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil instituído o
ensino obrigatório de Arte em território nacional “o ensino da arte
constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da
educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos” ( LDB 9394/96 Art. 26 - § 2º)
Tal proposta, como ressaltada na lei, visava o desenvolvimento cultural
do aluno a fim de que o mesmo despertasse o interesse pela arte e,
automaticamente, a consciência corporal. Porém, ainda encontramos
escolas que não possuem a disciplina, pelo fato de não terem professor
ou por diversos outros motivos, com isso nossos alunos continuam com uma
visão cultural muito restrita.
Finalmente, em 1997, foram publicados os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) que incluem, pela primeira vez na história do país, a
dança em seu rol de disciplinas. Ainda de acordo com PCNs, os principais
objetivos da dança seriam “valorizar diversas escolhas de interpretação
e criação, em sala de aula e na sociedade, situar e compreender as
relações entre corpo, dança e sociedade e buscar informações sobre dança
em livros e revistas e ou em conversas com profissionais” (BRASIL, 1997).
A inclusão da dança nos PCNs visava encarar o ensino da dança como uma
atividade educativa, recreativa e criativa, e também propiciar situações
para a construção do conhecimento, independente de se estar brincando,
pulando ou dançando. Teoricamente a proposta de inclusão da dança nos
PCNs é bastante significante para a nossa atual visão de educação, porém
é preciso ser reavaliada a prática dessa proposta, pois o que temos não
é um recurso para o aprendizado, mas uma forma de descanso, de diversão
e, até mesmo um recurso na falta de conteúdo programático.
Nessa perspectiva, hoje a dança é compreendida por muitos por seu valor
em si, muito mais do que um passatempo, um divertimento ou um enfeite. A
dança é tão importante quanto falar, cantar, brincar, inclui uma
riqueza de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que
enriquece a aprendizagem.
I. II – Histórico da educação no país
A história da educação no Brasil tem início 1549 com os padres
jesuítas, eles fundam diversas escolas, uma rede de colégios
reconhecidos por sua qualidade, chegando a oferecer estudos paralelos ao
nível superior. LIMA (1969)
O relato do autor nos faz refletir que os padres jesuítas tiveram uma
grande importância para a história da nossa educação, visto que os
mesmos ofereceram diversas contribuições enquanto educadores. Além do
mais, como o próprio autor ressalta, foi através dos mesmos que surgiram
as primeiras escolas, as primeiras concepções de educação no país.
Em 1808, com a chegada da família Real no Brasil surgem instituições
culturais e científicas de ensino técnico e os primeiros cursos
superiores. Porém, somente após a independência do Brasil, em 1822, é
que ocorreram algumas mudanças sociais, políticas e econômicas, até
mesmo em termos de política educacional. LIMA (1969)
É de conhecimento geral que, a independência do Brasil, foi de suma
importância para o nosso país em termos de progressão, e não poderia ser
diferente no setor educacional, surgem políticas educacionais
importantes, com propostas realmente legitimas. Mesmo que, até os dias
atuais, muitas dessas propostas e ideologias ainda estejam na teoria,
outras já foram esquecidas com o passar do tempo.
Com a Constituição de 1824, surge o acordo que afirma que a educação
primária e gratuita para todos, que assegurava em seu Art. 1o que “em
todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de
primeiras letras que forem necessárias”. (www.pedagogiaemfoco.pro.br)
Realmente, encontramos hoje, inúmeras escolas distribuídas por todos os
lugares, porém falta estrutura física e pedagógica, essas escolas
existem, mas muitas delas sem apoio político, social e econômico, faltam
professores, merenda, material didático, além de possuírem uma péssima
estrutura física. Além do mais, são salas de aulas com mais de 40
alunos, quando na verdade deveriam ter apenas 25, infelizmente essa é a
triste realidade de nossas escolas.
Com a descentralização da educação básica, instituída em 1834, é
autorizado as províncias o direito de legislar sobre a educação
primária, em conseqüência disso se ampliou ainda mais as diferenças
sociais e econômicas entre as elites do País e as camadas sociais
populares. PILLETTI (1996)
Tais diferenças sociais são perceptíveis até os dias atuais, no qual
ainda persiste uma desigualdade social bastante relevante, onde a
denominada Elite prevalece, em termos sociais e econômicos, sobre as
camadas sociais mais populares. A educação, ainda sofre as consequências
do jogo de poder, por estar de fato abrangida na política.
Durante a década 20, o Brasil começou a rever e reconstruir diversos
dos seus setores, o setor educacional sofreu inúmeras reformas no
ensino. Com isso, surgiu a primeira grande geração de educadores, como
Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior,
entre outros. Esses educadores tinham idéias de “educação para todos” e
“educação gratuita” dando início à democratização do ensino. Eles ainda
publicaram o Manifesto dos Pioneiros, documento que defendia a igualdade
da educação, visto que eles eram contra ao caráter discriminatório e
antidemocrático que existia na época, onde destinava a escola
profissional para os pobres e o ensino acadêmico para a denominada
elite. ARANHA (2006)
Atualmente, a luta desses educadores ainda é defendida por muito
professores, visto que as idéias desses educadores, “educação para
todos” e “educação gratuita”, continuam a existir somente no documento.
Logo, continuamos a viver à mercê desse caráter discriminatório e
antidemocrático, no qual a “educação”, no sentido global, é na verdade
para uma minoria de privilegiados, e os menos favorecidos continuam a
receber uma educação que favorece a subordinação.
Em 1934 ocorreram avanços expressivos na área educacional. De 1945 até
1964, a educação brasileira passou por transformações significativas,
destacando-se campanhas e movimentos de alfabetização de adultos, além
da expansão do ensino primário e superior. E também a consolidação do
projeto da primeira LDB, que foi aprovada em 1961, lei nº 4.024. No
período de 1969 e 1971, foram sancionadas respectivamente a Lei 5.540/68
e 5.692/71, incluindo mudanças significativas na estrutura de ensino.
Em 1988 é promulgada uma Constituição que destaca a universalização do
ensino fundamental e o fim do analfabetismo, como conseqüência disso a
LDB 4024/61 cai em desuso. (ARANHA, 2006)
Com isso percebemos que apesar do projeto da lei nº4024/61 ser
avançado, com propostas bastantes relevantes, na época da apresentação,
ele se tornou antigo no decorrer dos debates, discussões e do confronto
de interesses. Com o passar do tempo, as propostas se encontraram
ultrapassadas, os interesses e os objetivos já não deveriam ser os
mesmos.
Somente em 1996 surgi a atual LDB 9394/96, que foi sancionada em 20 de dezembro de 1996. Baseada no princípio de “educação para todos”, a LDB de 1996 trouxe mudanças significativas para a educação, como a inclusão da educação infantil (creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica:
“a educação infantil, primeira etapa da educação básica,
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade. ( LDB 9394/96 Art. 29).
Atualmente, muitas mudanças ocorreram na educação, porém a mesma
continua a ter características de exclusão social, visto que ainda há
uma enorme diferença
social, onde a classe dominante recebe uma educação para a formação do
cidadão num todo e a classe menos favorecida uma educação para manter a
situação de subordinação.
Vivemos numa sociedade marcada pela história educacional de dominação,
onde prevalecem as idéias da classe dominante, onde a “igualdade de
educação para todos” só existe teoricamente.
No entender de SAVIANI (2003), a sociedade esteve condenada por
diversos séculos a idéia de que o ensino era apenas para alguns, e por
isso os demais não precisariam aprender, o mesmo ressalta tal afirmativa
ao declarar que “a sociedade como sendo essencialmente marcada pela
divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da
força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da
vida material”.
Diante da visão do autor, aqui cabe, mais uma vez, ressaltar que, em
todas as épocas a educação foi seletiva, não democrática, um privilégio
de poucos. Constatamos ainda hoje, que sempre a parte mais pobre da
sociedade é excluída da escola, do direito à educação. Educação no
sentido, de formação integral do sujeito, enquanto cidadão crítico e
reflexivo.
Desta forma, conclui-se que desde o inicio sofremos da falta de
estrutura e investimento na área educacional. Reservada a uma elite
dominante e totalmente exploradora, a história da educação caminhou por
veredas tortuosas, estando sempre voltada a dominação social.
I. III – O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Atualmente, não só na área da educação, mas também em outras áreas,
pensa-se no indivíduo como um todo e, portanto, amplia-se o conceito de
educação, para o conceito do processo de ensino-aprendizagem.
As reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem nos permitem levar
todos a repensarem a prática educativa. Entender hoje as escolas e
observar as salas de aula como uma comunidade culturalmente constituída
por meio da participação de diferentes sujeitos, que assumem diferentes
papéis no processo ensino-aprendizagem. GARRIDO (2002)
Diante de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das
escolas ainda demonstra os alunos com pouca ou nenhuma capacidade de
poder crítico-reflexivo, a obrigação dos mesmos em decorar os conteúdos,
além da hierarquia entre educador e educando.
VERDERI (2009) declara que:
“o professor deve conscientizar-se de que o momento é de inovar e
ousar, que os tempos de cópias já se afastaram juntamente com paradigmas
que não se enquadram mais nas novas visões de uma pedagogia preocupada
com a formação integral do educando.”
Diante de tal afirmativa, a solução está na reflexão de como os
educandos aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à
aprendizagem. Considerando que o aluno não foi programado para imitar,
que o mesmo só estará satisfeito e realizado se estiver participando
ativamente das atividades, podendo explorar sua criatividade e expor
seus conhecimentos.
Pensar no processo ensino-aprendizagem de forma a promover a construção
de conhecimentos traz a idéia de seres humanos como indivíduos
inacabados e passíveis de uma capacidade de refletir criticamente o
aprendido.
Nesse processo de construção do conhecimento alunos e professores são
sujeitos e devem atuar de forma consciente. Não se trata apenas de
sujeitos do processo de aprendizagem, mas de seres humanos inseridos
numa cultura e com histórias e experiências particulares de vida.
FREIRE (1997) explica o homem só passou a ensinar
quando descobriu que era capaz de aprender. Foi desenvolvendo a
capacidade de aprender que ele se descobriu capaz de ensinar. Nessa
perspectiva os professores enquanto ensinam aprendem e os alunos
enquanto aprendem ensinam.
Todo processo ensino aprendizagem depende do interesse dos sujeitos
participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais
fatores do processo. Assim, a aprendizagem se dá na coletividade, mas
não perde de vista o indivíduo que é singular (contextual, histórico,
particular, complexo).
Com isso, é preciso compreender que o processo ensino-aprendizagem se
dá na relação entre indivíduos que possuem sua história de vida e estão
inseridos em contextos de vida próprios. Nessa perspectiva, o processo
ensino-aprendizagem vai ocorrer através da relação entre sujeitos em
permanente socialização de experiências e saberes.
Para que o processo ensino aprendizagem ocorra, VYGOTSKY (1991)
afirma que é necessário que o professor desafie o nível em que o aluno
está, não desrespeitando seus conhecimentos e experiências anteriores,
mas tendo um olhar para o futuro, para as capacidades que desenvolverá,
possibilitando a socialização das experiências culturais acumuladas
historicamente pela humanidade.
Nessa perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem possibilita que os
sujeitos – professor e alunos – se encontrem, troquem, socializem
conhecimentos, experiências, afetos, histórias, sonhos e utopias. O
professor sempre mediando com instrumentos pedagógicos e psicológicos.
Os alunos respondendo e também sendo mediadores dos que ainda não
conseguiram.
Na verdade, alunos e professores vivem numa eterna troca, num processo
de interação, onde um aprende com o outro. E nessa troca não existe um
único detentor do conhecimento, mas seres inacabados que aprendem e se
ensinam mutuamente.
VYGOTSKY (1989) afirma que o auxílio prestado à
criança em suas atividades de aprendizagem é válido, pois, aquilo que a
criança faz hoje com o auxílio de um adulto ou de outra criança maior,
amanhã estará realizando sozinha. Desta forma, o autor enfatiza o valor
da interação e das relações sociais no processo de aprendizagem.
Diante disso, ainda é importante ressaltar que, o processo
ensino-aprendizagem ocorre a todo o momento e em qualquer lugar.
Portanto, o que se questiona neste processo é, qual o papel da escola?
Como deve esta ser considerada? E qual o papel do professor?
É papel da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos
alunos e o sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento
científico. E como tal, deve ser considerada como um contínuo processo
de desenvolvimento influenciando e sendo influenciada pelo ambiente, no
qual deve existir um ambiente dinâmico e contínuo, que contribua para o
processo de aprendizagem.
A escola é um dos agentes responsáveis pela integração da criança na
sociedade, além da família. É um componente capaz de contribuir para o
bom desenvolvimento de uma socialização adequada a criança, através de
atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e
participação ativa das mesmas, caracterizando em cada criança o
sentimento de sentir-se um ser social.
O papel do professor é o de conduzir e orientar os alunos, de modo que
cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo. É seu dever
favorecer o processo ensino-aprendizagem e refletir o seu papel no todo e
isoladamente.
VERDERI (2009) afirma que:
“ o professor é aquele que cria condições para o processamento das
atividades e o aluno, aquele que busca, dentro desse contexto, condições
para o seu pleno desenvolvimento. Que nessa relação, o professor também
possa aperfeiçoar os conhecimentos já trazidos pelos alunos e, a partir
daí, explorar novas formas de conhecimento mais complexas”.
Isso nos faz refletir que, há aprendizagem dos dois lados e que para
desencadear o processo de aprendizagem dos alunos, o professor precisa
possibilitar condições para que os mesmos elaborem, critiquem o
conhecimento, e dele se aproprie.
Logo, permanece ao professor o desafio de tornar as práticas educativas
mais condizentes com a realidade, mais humanas e, com teorias capazes
de abranger o indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a
educação.
Diante dos fatos, entende-se que a aprendizagem é um fenômeno
extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais,
orgânicos, psicossociais e culturais. E o ensino só tem sentido quando
implica na aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o professor
ensina e entender como o aluno aprende, só assim o processo ensino
aprendizagem poderá acontecer e o aluno conseguirá aprender a pensar, a
sentir e a agir.
II - A DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR: SEU HISTÓRICO E SUA PARTICIPAÇÃO PEDAGÓGICA
II. I – Dança no espaço escolar
A vida humana na Terra se substantiva através do corpo. É ele que nos
faz vivos e concretiza a nossa existência. Da mesma maneira a dança
trata do resgate da própria personalidade, do contato com o lado mais
humano através da expressão artística: o indivíduo se expressa e se
torna capaz através da Arte que produz e que lhe devolve toda a sua
potencialidade de viver e de se realizar plenamente.
(www.nima.puc-rio.br)
Isso nos faz compreender que através da dança o indivíduo é capaz de
demonstrar aquilo que ele pensa, que ele entende, ou seja, ele é capaz
de demonstrar o seus conhecimentos e habilidades, de maneira mais
transparente possível, ele se expõe por completo.
Historicamente, o homem utilizava-se da dança apenas para expressar
sentimentos e agradecimentos. Apesar de esse caráter persistir ainda
hoje, outros aspectos foram incorporados a dança, contribuindo para o
seu crescimento enquanto arte e educação.
Entretanto esta visão já vem se modificando. De acordo com OSSONA
(1988), atualmente existe uma melhor compreensão a respeito dos valores
formativos e criativos da dança, que levam a uma ampliação das ações
corporais.
Com isso, no Brasil e no mundo, a dança vem ganhando cada vez mais
espaço pelos benefícios que vão desde a melhora da autoestima, passando
pelo combate ao estresse, depressão, até o desenvolvimento da
aprendizagem. A cada dia a dança vem expondo seus aspectos positivos
dentro da formação do sujeito, através da educação, e até mesmo
contribuindo para a construção da sociedade.
Atualmente, a dança tem se tornado um estilo alternativo nas práticas
pedagógicas, por orientar o movimento corporal de cada aluno de forma a
explorar sua capacidade de criação, estimulando o autoconhecimento e
favorecendo para aprendizagem. Segundo OSSONA (1988) “a dança ainda é
uma manifestação de caráter étnico, é quando mais se parece com a
“expressão corporal”, que foi ganhando terreno nos esquemas da
educação”.
Contudo, a dança ao ser inserida ao conteúdo escolar não pretende
formar bailarinos, antes disso, consiste em oferecer ao aluno uma
relação mais efetiva e intimista com a possibilidade de aprender e
expressar-se criativamente através do movimento. Nessa perspectiva, o
papel da dança na educação é o de contribuir com o processo
ensino-aprendizagem, de forma a auxiliar o aluno na construção do seu
conhecimento. E também, assistir o professor enquanto recurso
pedagógico.
VERDERI (2009) declara que:
“a dança na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno
desenvolva todos os seus domínios do comportamento humano e, por meio de
diversificações e complexidades, o professora contribua para a formação
de estruturas corporais mais complexas.”
Essa proposta se resume na busca de uma prática pedagógica mais
coerente com a realidade escolar, onde a dança preparará o corpo e a
mente dos alunos a fim de que se exercitem de acordo com suas
necessidades, estimulando através dos movimentos espontâneos e a
precisão do gesto, o processo ensino aprendizagem.
Com isso, percebemos que a dança na escola não é a arte do espetáculo, é
educação por meio da arte. E tem suma importância para se alcançar os
objetivos da Educação, um deles sendo o desenvolvimento do aspecto
afetivo e social. Deste modo, esta prática propicia ao aluno grandes
mudanças internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na
forma de se expressar e pensar.
Segundo LABAN, (1990) “Quando criamos e nos
expressamos por meio da dança, interpretamos seus ritmos e formas,
aprendemos a relacionar o mundo interior com exterior”.
Ás vezes, viver em sociedade é muito difícil, pois inclui aceitar o
outro, suas opiniões e maneiras, aceitar os “não” que a vida nos
proporciona. De fato, aprender a conviver no mundo exterior.
Nessa perspectiva, compreendemos que a dança permite ao individuo não
só uma busca de sua personalidade, mas ensina-o a viver em sociedade, a
se relacionar com o seu eu e com o próximo, de forma prazerosa e não
como uma obrigação.
A criança tem necessidade de andar e saltar: não a podemos condenar a
ficar imóvel, porque certamente falharíamos e a prejudicaríamos (...).
Porque a criança tem necessidade de agir, criar e trabalhar, isto é,
empregar a sua atividade numa tarefa individual ou socialmente útil
(...). (FREINET, 1974)
Diante disso, dançar é tão importante para uma criança quanto falar,
contar ou aprender geografia. É essencial para a criança que nasce
“dançando”, não desaprender essa linguagem pela influência de uma
educação repressiva e frustrante. Para isso, a educação deve unificar
corpo e mente, ensinando a pensar em termos de movimento para
dominá-los, e não apenas se preocupar com o domínio da escrita, do
raciocínio lógico-abstrato e da linguagem.
O papel da dança na prática educativa tem o objetivo de resgatar, de
forma natural e espontânea, as manifestações expressivas da nossa
cultura. A expressão corporal como recurso da aprendizagem escolar,
utiliza o corpo em movimento, estimulando a expressão de sentimentos e
emoções que auxiliam na integração social.
Para MORANDI (2006), a criança tem o impulso inato de
realizar movimentos similares aos da dança, sendo ela uma forma natural
de expressão. Cabe à escola levá-la a adquirir consciência dos
princípios do movimento, preservando sua espontaneidade e desenvolvendo a
expressão criativa.
Nessa perspectiva, é papel da escola realizar a mediação conhecimento e
a espontaneidade, ou seja, a escola precisa criar meios de aprendizagem
por meio da dança, de maneira que as crianças não tenham atitudes
mecânicas, mas de forma natural ensinar os princípios dos seus
movimentos, a função do corpo.
Contudo, o uso da dança na sala de aula não deve visar apenas
proporcionar a experiências com corpo e diminuir conflitos decorrentes
de esforços intelectuais excessivos. Na medida em que favorece a
criatividade, pode trazer muitas contribuições ao processo de
aprendizagem, se integrada com outras disciplinas.
A dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e
perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a
competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o
movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando
torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de
expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto- expressão e
aprendendo a pensar em termos de movimento (MARQUES, 2003).
Desta forma, a escola deve estar sensível aos valores e vivências
corporais que o indivíduo traz consigo permitindo desta forma que
conteúdos trabalhados, se tornem mais significativos. Visto que, a
educação através da dança possibilita a formação de cidadãos com uma
visão mais crítica autônoma e participativa desta sociedade em que
vivemos.
Precisamos pensar na dança no contexto escolar, tendo como prioridade
os processos pedagógicos, compreendendo a importância de uma prática que
respeite o corpo e a liberdade de expressão dos alunos.
Deste modo, através da dança, podemos introduzir em nossas salas de
aula, momentos de reflexão, pesquisa, comparação, desconstrução das
danças que apreciamos (ou não) e, assim, podermos agir crítica e
corporalmente em função da compreensão, desconstrução e transformação de
nossa sociedade.
Enfim, considerando que a dança deve estimular na criança a
criatividade na conquista de sua autonomia, as experiências com o corpo
dançante devem fazer parte da prática pedagógica. É importante reafirmar
que combinar interesses e desafios corporais num ambiente integrativo
entre a criança, emoções, pessoas e o mundo fazem da dança referencial
para o aprendizado.
II. II – Visão dos professores e gestores com relação a influencia /resultado da dança no processo ensino aprendizagem
A visão de disciplina na escola sempre foi entendida como “não
movimento’’ e as crianças educadas e comportadas são aquelas que
simplesmente não se move. Alguns educadores julgam que, para ocorrer a
aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto.
Com isso, a dança ainda é percebida de forma equivocada por muitos
professores e gestores, que costumam apresentá-la somente em datas
comemorativas e na forma de apresentações de coreografias prontas.
Promover a educação através da dança escolar não se resume em buscar sua execução “festinhas comemorativas” (VERDERI, 2000); tampouco oferecer a idéia de que “dançar se aprende dançando”. (MARQUES, 2003)
Para estas autoras o estudo e a compreensão da dança, vão muito além do
ato de dançar, ou seja, a dança no espaço escolar, não se resume ao
ensino de danças ou técnicas de movimentos, mas auxilia na formação do
indivíduo, contribuindo com sua construção de conhecimento.
Na concepção de ensino de muitos professores e gestores, a educação por
meio da dança é nula, pois o corpo é visto como objeto e a execução dos
movimentos está vinculada a uma perfeição técnica e estética. Porém,
também encontramos a visão de que o ensino de dança deve unir
conhecimento técnico e expressividade.
Para professores e gestores a dança deve trabalhar a sensibilidade, a
expressão e suas possibilidades de ampliação e a comunicação corporal, e
ao mesmo tempo não se afastar da técnica e de conteúdos formais. Dessa
forma, para eles a dança deve ser trabalhada de forma ampla, favorecendo
o desabrochar do corpo e automaticamente o processo ensino
aprendizagem.
Para FIAMONCINI (2002-2003), é preciso lidar com o
ensino de técnicas, sem impedir o aflorar da criatividade e da
expressividade, pois o excesso de técnicas pode fazer com que fiquem
esquecidos “os pensamentos, as necessidades e os sentimentos das
pessoas, o que pode ocasionar-lhes uma falta de sentido para continuar
dançando”.
Diante disso, fica claro que o ensino excessivo de técnica faz com que
os objetivos essenciais do ensino da dança sejam esquecidos, deixados de
lado, e com isso perde-se o interesse, o significado do dançar.
Na verdade, ao longo dos anos, a dança até tem deixado de ser vista
apenas como uma manifestação artística e passado a ser percebida como um
meio de reflexão crítica. O objetivo central do ensino da dança aos
poucos tem se tornado o autoconhecimento e a construção desse
conhecimento.
Para MARQUES (2005), nos conteúdos trabalhados em sala
de aula a dança tem que estar vinculada com o contexto dos alunos: “o
contexto dos alunos é um dos interlocutores para o fazer-pensar a dança,
pois garante a relação entre o conhecimento em dança e as relações
sócio, político e culturais dos mesmos em sociedade”.
Com isso, percebe-se a importância da relação ensino- realidade, onde
os conteúdos ministrados em sala de aula têm relação com a vivencia do
aluno. Enfim, é preciso que os conteúdos despertem o interesse dos
alunos, visto que nem sempre a dança faz parte de sua realidade
cultural. Muitas das vezes, ela é vista pelo aluno de forma
preconceituosa.
Para os gestores, o conteúdo centrado na realidade e no contexto dos
alunos deve ser transformado pelo professor de forma consciente e
problematizadora para que o aluno entenda a dança como um processo
individual, coletivo e social no qual todos podem produzir saberes e
conhecimentos. (Revista Diálogo Educacional, 2008)
Diante disso, percebemos que o ensino da dança não pode ser meramente
lançado pelo professor, o mesmo precisa analisá-lo, refletí-lo
criticamente de forma que o professor conscientize o seu aluno da
importância desse ensino e os seus benefícios enquanto recurso de
aprendizagem.
A dança pode favorecer o aluno na constituição de saberes e
conhecimentos, mas ante é preciso que a mesma faça sentido para este
aluno, ou do contrário o mesmo a perceberá apenas como uma forma de
diversão.
Para os professores, a arte e, mais especificamente, a dança é um
conhecimento tão importante quanto qualquer outro conhecimento presente
na escola. E, portanto, o objetivo do ensino de dança na escola deveria
ser trabalhar com o foco na construção do conhecimento dos alunos por
meio do corpo, de maneira que o aluno pudesse vivenciar a dança como
arte, sob a perspectiva de que os mesmos não criassem repulsos e
expectativas equivocadas. (Revista Diálogo Educacional, 2008)
Nessa perspectiva, para atingir esse objetivo, não existe um método
ideal de trabalho. É necessário que o professor observe a realidade
corporal dos alunos e trabalhe com as linguagens das crianças, permeando
com o conteúdo que ele quer abordar, ou seja, sempre elaborando suas
atividades de dança de forma que faça uma relação com as demais
disciplinas.
Com isso, se faz perceptível a necessidade da interação entre as
disciplinas, que precisam estar interligadas, para que possam favorecer o
processo ensino-aprendizagem, do contrário apenas serão conteúdos
lançados, de formas isoladas, que não farão sentido algum para os
alunos. Conseqüentemente, dificultará todo o processo de aprendizagem.
Segundo VERDERI (2009):
“as atividades e propostas da dança na escola são elaboradas e
fundamentadas exclusivamente no movimento e nas possibilidades da
variação deste e, também, nas informações concretas que esse movimento
poderá oferecer ao aluno quando estivermos falando em educação nas
demais disciplinas.”
Podemos perceber que, apesar de a maioria dos professores e gestores
ainda manter uma visão do ensino de dança focalizado no ensino de
técnicas, já existem novas visões de propostas para o ensino de dança.
Atualmente já conseguimos fazer com que muitos desses professores e
gestores possam refletir sobre ensino de dança, tendo como foco
principal a visão de que este ensino deve sempre buscar o
desenvolvimento da criatividade e expressividade, para que como
conseqüência alcance a aprendizagem.
Sendo assim, o aluno deve ser visto como sujeito ativo e participante
do processo ensino-aprendizagem. Em vez de apenas depositar
conhecimentos, os professores precisam partir da realidade e da
linguagem dos próprios alunos para promover o ensino de dança.
III – DANÇA: CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES
III. I Contribuições da Dança no processo ensino aprendizagem
Cada vez mais a dança vem sendo incluída nos currículos escolares e
extra-escolares, visto que a utilização da dança como prática pedagógica
pode trazer muitas contribuições ao processo ensino aprendizagem.
Segundo VERDERI (2009) “a dança na escola deverá ter
um papel fundamental como atividade pedagógica... e por meio dessas
mesmas atividades reforçar a autoestima, a autoimagem, a autoconfiança e
o autoconceito”.
Tal afirmativa nos faz compreender que, o papel educacional da dança
visa o desenvolvimento físico, emocional e social do aluno. De forma que
amplie sua visão na sociedade, tornando-o um indivíduo pensante, capaz
de contribuir com essa sociedade.
Como a autora ressalta, a dança é fundamental como recurso pedagógico,
visto que ela ajuda a construir no aluno um indivíduo mais confiante,
reforçando sua autoestima, fazendo com que ele se sinta proveitoso,
capaz. Enfim, a dança auxilia no desenvolvimento da autonomia do aluno.
De acordo com PICONEZ (2003) “os alunos aprendem pela
prática”. Portanto, as atividades pedagógicas de dança não podem isolar
os alunos em quatro paredes, antes disso deve estimular a criança a
descobrir o seu potencial expressivo e criativo.
Diante disso, fica claro que a dança enquanto processo de aprendizagem,
possibilita o aluno aprender pelas experiências do próprio corpo, a
compreender o ponto de vista do próximo, a desenvolver habilidades e a
expressar sua criatividade.
Logo, a dança possibilita que a aprendizagem ocorra de forma prazerosa,
através da prática, estimulando a todo instante o aluno. E não na
antiga concepção de muitos educadores, citada no segundo capítulo desse
estudo, de que a aprendizagem só se constrói com alunos quietos e em
silêncio.
Para BERTONI (1992), a dança como fator educacional contribui no desenvolvimento psicológico, social, anatômico, intelectual, criativo e familiar.
Nessa perspectiva, a dança contribui para uma educação motora
consciente e global, proporcionando diversos benefícios no que se refere
aos aspectos físicos, sociais e intelectuais.
O trabalho com a dança também possibilita a descoberta do próprio
corpo, o reconhecimento de que cada indivíduo possui diferentes maneiras
de se movimentar, o que resultara na conscientização do aluno com
relação ao respeito à individualidade dos seres humanos.
A fala de Bertoni reforça ainda mais a visão de que a dança contribui para o desenvolvimento global do aluno.
Segundo NANNI (1995) a dança contribui para o
desenvolvimento das funções intelectuais como: atenção, memorização,
raciocínio, curiosidade, observação, criatividade, exploração,
entendimento qualitativo de situações e poder de crítica.
Tal afirmativa da autora só nos leva a ressaltar que, a dança em seu
caráter educativo pode trazer grandes contribuições para o
desenvolvimento da aprendizagem. Enfim, a dança pode contribuir para um
bom aprendizado, sem que seja necessário deixar de lado os conteúdos
programáticos, a mesma deverá estar voltada para o desenvolvimento da
auto-estima, confiança, motivação, elementos estes de suma importância
para o processo ensino aprendizagem.
Diante disso, é perceptível a contribuição da dança como recurso
pedagógico, visto que auxilia em diversas áreas que são de suma
importância para que o aluno construa o seu conhecimento.
FUX (1983) defende que a dança é um instrumento que estimula a espontaneidade e a criatividade.
Nesta questão, é importante salientar que a dança, enquanto prática
pedagógica favorece o desenvolvimento do aluno, tornando-o um sujeito
capaz de pensar de maneira criativa, de expressar e se comunicar com o
mundo que o envolve de forma espontânea. O que também nos faz observar a
dança como uma forma natural de comunicação através da expressão
corporal.
Isso ainda nos faz refletir que, o trabalho com a dança em sala de aula
tem que estar sempre voltado para a aprendizagem e não como uma forma
de recreação. Porém, sempre estimulando a liberdade do aluno, do
contrário o mesmo ficará reprimido e não alcançará o objetivo da aula.
De acordo com NANNI (1995) o movimento corporal é de
vital importância para o desenvolvimento da criança, pois através de
suas habilidades motoras ela expande seus conhecimentos.
Isso nos faz perceber que a partir do momento em que o aluno se torna
consciente de si e de suas capacidades, o mesmo é capaz de se
desenvolver e crescer, interagindo com o seu habitat, vivenciando
experiências através do próprio corpo.
A visão da autora nos faz pensar que o corpo possui uma ligação
interna, logo a mente está conectada aos movimentos. Portanto, estimular
os movimentos resultará na excitação da mente, que automaticamente
favorecerá no processo de aprendizagem.
De acordo com FREINET (1991), “infeliz educação a que
pretende, pela explicação teórica, fazer crer aos indivíduos que podem
ter acesso ao conhecimento pelo conhecimento e não pela experiência.
Produziria apenas doentes do corpo e do espírito, falsos intelectuais
inadaptados, homens incompletos e impotentes”.
Partindo desse pensamento, o professor deve utilizar a dança como um
recurso lúdico, capaz de enriquecer a aprendizagem em diversas
disciplinas, estimulando a aprendizagem de forma livre e prazerosa, numa
relação corpo e mente.
Estimular a aprendizagem de maneira livre e prazerosa significa
estimular de forma que desperte o interesse do aluno, que o mesmo possa
participar ativamente da atividade, e não de forma autoritária e
repressiva.
De acordo ainda com OSSONA (1988) é necessário encarar
o ensino da dança como uma atividade educativa, recreativa e criativa. E
ainda, é necessário um plano de ensino e um plano de realização.
Diante disso, observamos que para a dança contribuir no processo ensino
aprendizagem, é importante que antes, possamos entendê-la como uma
atividade educativa, capaz de auxiliar o desenvolvimento global do
aluno. Precisamos usar a dança em nossas atividades pedagógicas, de
forma a permitir ao aluno maior vivência corporal possível, contribuindo
assim com o seu desenvolvimento.
Para isso, a autora também ressalta a necessidade de se estar
preparado. A necessidade do professor ter uma educação continuada e
sempre preparar suas aulas com antecedência, enfim, ter o seu plano de
ensino, mesmo que no momento de execução do plano possa aparecer algo
fora do que se estava planejado. Tais atitudes, segundo a autora, também
contribuem para o processo ensino aprendizagem.
OSSONA (1988) ainda ressalta que “nossas crianças são
dotadas de enorme potencial psico-fisiológico, e nós somos responsáveis
pelo aprimoramento desse potencial”.
Nessa perspectiva, para que isso ocorra, é fundamental que nossas
atividades gerem sempre liberdade de expressão e beneficiem o
desenvolvimento motor do aluno. Devemos explorá-lo ao máximo, tendo
sempre o cuidado para não limitarmos e nem reprimirmos o seu
desenvolvimento.
De fato nossos alunos são dotados de diversas habilidades e
conhecimentos. Como professores cabe à nós aprimorá-los de forma que os
mesmos se desenvolvam e busquem ainda mais conhecimentos.
Ainda é importante ressaltar que a dança, enquanto processo de
aprendizagem contribui para a formação de um corpo vivo, que além de
ocupar espaço e ter formas, possui expressão, desejos e interage com as
coisas da natureza. OSSONA (1988)
Isso nos faz aprender que a dança contribui para a formação de homens e
mulheres mais conscientes da própria vida, favorecendo o processo de
aprendizagem dessa conscientização e de outras mais pedagógicas.
Nessa perspectiva, a dança é de suma importância na formação do sujeito enquanto cidadão crítico, reflexivo e participativo.
Pode-se dizer então, que a dança enquanto processo educacional, não se
resume em colaborar com o ensino de habilidades, mas sim, contribuir
para o desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o
mundo, favorecendo assim também com o processo de construção de
conhecimento.
III. II – As dificuldades enfrentadas pelo ensino da dança no processo de educação
Sabemos que a dança enquanto conteúdo escolar está presente na
educação, mas não como uma disciplina à parte, com aula apenas de dança,
ministradas por um profissional, cuja formação se dê na Licenciatura de
Dança. Mas sim, a dança está inserida nos espaços escolares através das
aulas de Educação Física e artes, como um recurso pedagógico, ou até
como uma forma de recreação.
STRAZZACAPPA (2001) diz que a dança raramente está
presente no ambiente escolar. Nessa perspectiva, podemos perceber que a
dança dificilmente é tratada na escola, porque esta área tem encontrado
problemas para ensinar tal conteúdo. São inúmeras as mazelas encontradas
no espaço educacional.
A dança, geralmente, é encontrada como forma de espetáculo,
apresentação, como uma arte. E não como um recurso pedagógico de grande
valia para a aprendizagem, o qual auxilia o processo de construção do
conhecimento, através da interação entre o corpo e a mente.
STRAZZACAPPA (2001) também constata que a deficiência
da dança no ambiente escolar na maioria das vezes se deve ao despreparo
do professor para realizar tal tarefa.
Diante disso podemos afirmar que muitos professores utilizam a dança em
suas aulas, porém não sabem exatamente o que, como, ou ainda porquê
ensinar, utilizar a dança na escola.
Podemos ainda afirmar que a dança vem sendo trabalhada, sem que se
tenha uma proposta de trabalho definida, e com isso tem se comprometido o
desenvolvimento do processo criativo que poderia estar acontecendo nos
espaços escolares.
De acordo com MARQUES (1990) algumas das razões para a dança ser pouco compreendida enquanto área de conhecimento são:
“a ignorância daquilo que pode ser considerado dança, a falta de
visão de que a dança não é necessariamente algo academizado, a falta de
experiência das pessoas no que diz respeito à dança,uma concepção
restrita de educação e, também, a dificuldade de lidar com o corpo
durante tantos séculos condenado ao profano e ao pecado”.
Nessa perspectiva, podemos constatar que o ensino da dança tem sido
ministrado sem nenhuma preocupação com relação o seu real papel, falta
conhecimento das pessoas no que diz respeito a dança, falta uma proposta
pedagógica adequada. Enfim a dança é trabalhada de forma desordenada,
encontramos assim, muitos problemas dentro do espaço educacional, que
automaticamente interferem no processo de educação.
Podemos constatar inúmeros problemas da dança no espaço educacional,
dentre os principais encontra-se a falta de preparo e conhecimento dos
professores, o preconceito, a dificuldade da participação masculina em
atividades dançantes. (www.educacaofisica.com.br/biblioteca)
Diante disso compreendemos que a dança no espaço escolar é até
empregada, porém com muitas dificuldades, além de muitas facetas. São
inúmeros professores que vêm trabalhando com a dança no espaço escolar
sem que tenham basicamente tido experiências prática-teórica de dança.
Ou ainda são inúmeras as atividades de dança na escola que têm sido
utilizadas apenas como uma forma de recreação e não possuem nenhum cunho
pedagógico.
Ainda temos que enfrentar os inúmeros preconceitos com relação a
utilização da dança como prática pedagógica, muitos responsáveis
reclamam da prática por acreditarem ser exclusivamente feminina. Com
isso enfrentamos a falta de participação masculina em atividades
rítmicas, eles se sentem envergonhados diante da prática de dança,
chegam a questionar se isso afeta sua masculinidade. Logo a participação
masculina na dança é nula, ou quando não, é ridicularizada.
A metodologia de ensino inadequada, relacionamento professor-aluno,
desinteresse dos educadores, também são problemas enfrentados pela dança
no espaço educacional. (www.educacaofisica.com.br/biblioteca)
Nessa perspectiva, podemos observar que o ensino de dança não possui
uma metodologia de ensino adequada, visto que, como já relatamos no
presente estudo, o ensino da dança é muitas vezes empregado como uma
forma de recreação, sem que se tenha uma proposta de aprendizagem.
Logo isso ressalta outro problema, que é a falta de interesse dos
educadores, muitos não se interessam em ter uma prática pedagógica que
desperte o interesse dos alunos em participar das aulas, além da falta
de interesse pela educação continuada, ou seja, estar sempre buscando o
novo, aprimorar seus conhecimentos, buscar atividades rítmicas novas.
Podemos ainda relatar o problema da relação professor-aluno, que se não
empregada de uma maneira harmoniosa, com interação, interfere
diretamente no processo de aprendizagem. O professor precisar ser visto
pelo aluno como um mediador do conhecimento e não um detentor
autoritário, precisa despertar o interesse do aluno, sua criatividade,
para que a aprendizagem ocorra de maneira harmoniosa.
O ensino da dança encontra muita dificuldade devido a ausência de
significado sobre o seu real papel no espaço escolar. (www.rc.unesp.br)
Nessa perspectiva, podemos perceber que a omissão do real sentido do
ensino da dança no espaço escolar favorece as inúmeras dificuldades
enfrentadas por esse ensino. A falta de embasamento teórico, ou seja,
objetivo, real proposta desse ensino, permitem que o trabalho com a
dança seja realizado de forma desinteressada, de qualquer maneira.
Logo isso, resultará em um trabalho com defasagem, que automaticamente
irá prejudicar o processo de aprendizagem. É preciso que haja uma
reflexão sobre quais os propósitos, finalidades e objetivos do ensino da
dança no espaço educacional.
Uma questão importante a ser ressaltada é a formação dos professores
que atuam na área de dança, visto que é sem dúvida um ponto crítico no
ensino desta arte no espaço educacional. (www.rc.unesp.br)
Diante da ressalva, podemos refletir que muitos professores não possuem
nenhuma formação específica nesta arte, a dança no espaço escolar tem
sido trabalhada por professores com formação apenas em magistério,
pedagogia, ou ainda por professores de Educação Física. Logo os mesmos
não possuem conhecimentos técnicos com relação a arte, isso favorece
para que a dança seja trabalhada como uma forma de recreação ou esporte.
Diante disso, a solução seria que os professores se conscientizassem e
refletissem sobre a necessidade de uma educação continuada, a
necessidade de buscar embasamento teórico e meios práticos de como
trabalhar com a dança dentro do espaço pedagógico, de forma que auxiliem
na aprendizagem do seu aluno.
Portanto, a dança está presente de alguma forma nas salas de aula.
Precisamos realmente, trabalhar com a dança de forma pedagógica e não
utilizá-la como uma forma de diversão, entretenimento. Diante disso
devemos analisar, discutir e refletir sobre a função e o papel da dança
enquanto processo de educação.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Com tudo o que foi exposto no presente estudo, não há como opor-se que a
dança contribui no processo ensino aprendizagem. Por meio dessa arte
adquiri-se um desenvolvimento gradativo, com melhora no rendimento
escolar, mudança positiva no comportamento, entre muitos outros
aspectos, devido à dança ser uma atividade completa que exercita corpo,
mente e alma. Por isso é necessário a introdução dessa arte nas escolas,
a fim de que as crianças tenham acesso à arte e à cultura.
O aprendizado por meio de atividades como a dança, possibilita uma
melhora significativa no comportamento social dos alunos, além de
desenvolver os aspectos cognitivos e motor, resultando na formação de um
cidadão ético, formador de suas opiniões e idéias.
Portanto, o educador deve ter uma atitude consciente na busca de uma
prática pedagógica mais coerente com a realidade, como a dança, que leva
o indivíduo a desenvolver sua capacidade criativa numa descoberta
pessoal de suas habilidades, contribuindo de maneira decisiva para a
formação de cidadãos críticos autônomos e conscientes de seus atos,
visando a uma transformação social.
Espera-se que essas reflexões levem a novas idéias e discussões,
sobretudo, do aprofundamento da dança, nos espaços escolares enquanto um
conteúdo importante para auxiliar o desenvolvimento do processo ensino
aprendizagem.
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Por MERIELE SANTOS ATANAZIO DA SILVA LIMA