domingo, 26 de julho de 2015

Artigo do China Chic sobre o Japão...

Encontrei um post no blog China Chique que falava sobre dança no Japão.
Achei bem curioso e vou colocar aqui. 
Quem quiser ler mais sobre o assunto leia lá no blog do China Chique.



 "vi uma matéria hoje na CNN Ásia que me deixou surpresa, para não dizer chocada. Imagine a cena: fim de semana, você sai de casa para curtir a noite com os amigos, entra em um club de música e dá de cara com os cartazes abaixo.










What??? Isso mesmo que você leu! O simples fato de dançar em clubes, bares ou qualquer lugar público é estritamente proibido no Japão! Dá para acreditar?
Essa lei, em japonês fueiho, foi criada em 1948 para acabar com a prostituição na epóca em que o país estava devastado pela II Guerra Mundial. Nas décadas de 70, 80 e 90 o país já estava em uma situação melhor, as danças recomeçarem e a polícia meio que “fechou os olhos” para isso. Mas, depois de serem divulgados casos de drogas envolvendo celebridades e da morte de uma jovem em uma balada em Osaka, em 2010, a proibição da dança voltou a prevalecer, assim como as detenções passaram a ser constantes. Hoje, políciais invadem casas noturnas, acabam com a festa e arrastam djs e donos de clubes para a delegacia para fazer teste de drogas. Eles ainda podem responder pelo crime de deixar as pessoas dançarem, com chance de serem presos. Seria cômico se não fosse verdade!
Alguns lugares até tem permissão para deixar as pessoas dançarem, mas devem fechar as portas até a meia noite. E as restrições não param por aí: as luzes não podem ser muito escuras, para evitar uso de drogas, violência e abusos sexuais (que amigas que moraram no Japão me contaram, acontece muito). Na entrevista feita com Murata, dono de alguns clubes de Tóquio, ele diz que já passou 21 dias na cadeia por violar a proibição da dança e vive com medo de ser pego pela polícia de novo, tanto que a sua casa noturna é subterrânea, bem escondida.
Empresários, djs, amantes da música e advogados se uniram para pedir o fim dessa lei. Até políticos querem acabar com a proibição, alegando que o país precisa ter vida noturna para atrair mais turistas para as Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Pelo menos, eles já podem respirar (um pouquinho) aliviados, pois parece que está sendo criada uma lei que permite que alguns lugares liberem a dança all night long, nas noites de sexta-feira. Mas claro, com uma condição: as luzes devem ter mais de 10 lux, semelhante a uma sala de cinema com a luz acesa. É isso ou nada!"


fonte: http://chinachicblog.com/tag/asia/


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Os caminhos do universo da dança Butô

 Publicado por FJSP em Arte e Cultura
http://fjsp.org.br/agenda/percursos-do-buto/


O Butô foi conhecido pelo mundo como a dança das trevas (Ankoku Butoh) nos anos 60.

O mexicano Diego Piñón que foi discípulo de Kazuo Ohno, o japonês Kota Yamazaki que conheceu o Butô com Akira Kasai, e os brasileiros Emilie Sugai e José Maria Carvalho, ambos fortemente influenciados pelo diretor coreógrafo Takao Kusuno (1945-2001), o precursor do Butô no Brasil. Foi Kusuno quem concretizou a primeira turnê do Kazuo Ohno no País, em 1986, e também deixou sua marca através da Cia Tamanduá de Dança Teatro, com obras como a lendária obra “O Olho do Tamanduá”, em que explorou o encontro da expressão da cultura brasileira com o universo Butô, e que contou com Emilie Sugai e José Maria Carvalho no elenco, entre outros.

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Diego Piñón

Na peça “N’TANTUKU-ICHI – Buscando la huella amorosa/Looking for the trace of love” (2011), como um ritual contemporâneo de comunicação, com um título em língua mixteca, Diego Piñón expressa uma revolta sobre a ambivalência e a contradição da estrutura humana para sobreviver no contexto da masculinidade.
Seu estilo de dança é o resultado de mais de 35 anos de pesquisa em diferentes áreas: artística-terapêutica-artes cênicas, e partindo de uma investigação de suas raízes mexicanas, xamanísticas e de um treinamento mexicano energético, integrou a dança e o teatro até encontrar uma profunda conexão com o Butô de seus mestres, principalmente Kazuo Ohno, Yoshito Ohno, Natsu Nakajima, Min Tanaka, Mitsuyo Uesugi. Nomeia sua proposta singular de Butoh Ritual Mexicano, e desde 1994 tem se apresentado no México, Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão, transmitindo um sentimento de transformação pessoal e integração coletiva através da abordagem do Ritual de Dança, como uma alternativa holística a serviço da expressão e punição humana. Piñón acredita que ao combinar diferentes realidades: mente, corpo, alma, como parte da manifestação do universo, a dança atingirá um novo nível de consciência, ultrapassando, assim, os padrões egocêntricos.
“Um dos elementos fundamentais desta proposta está relacionado ao trabalho coletivo, o ter sempre uma testemunha-receptora de nossos atos e explorações de tal forma que possamos transcender as respostas aprendidas e as reações cotidianas: nossa personalidade, que nos protege e que por sua vez nos aprisiona”, afirma Diego Piñón.


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Kota Yamazaki

Apresenta a peça “IRUKA” (2007), uma viagem entre dois elementos como ying e yan, mais e menos, ação e reação, e o efeito físico perturbador causado pelo cruzamento destes aspectos é a intenção da peça. O título significa “Você está aqui?”, mas também questiona “Para quê o corpo existe?”.
Nascido em Niigata, no Japão, graduou-se no Bunka Fashion College. Em 1977, conheceu e se aperfeiçoou no Butô com Akira Kasai. Foi o diretor artístico da companhia rosy co., de 1996 a 2001, desenvolvendo inúmeras obras em colaboração com artistas de diferentes áreas, como o arquiteto Toyo Ito. Em 2002 funda nova companhia, Kota Yamazaki/Fluid hug-hug, em Nova Iorque, apresentando-se em festivais como PICA/TBA, BAM Harvey Theater, Melbourne International Arts, entre outras. Leciona na Bennington College, Yotsuya Art Studium na Kinki University. No ano de 2007, recebeu, com Germaine Acogny, o prêmio The New York Dance and Performance Award (Bessie Award) pela coreografia de FAGAALA. Desde 2009 é o diretor do Body-Arts Laboratory e organiza o Festival Whenever Whenever em Tóquio. Em 2013, recebe o prêmio Foundation for Contemporary Arts Grant Award, nos Estados Unidos.
Fundado sob o lema “viagem, intercâmbio e pesquisa”, Kota Yamazaki/Fluid hug-hug tem recebido inúmeros convites para apresentações (Chicago Columbia College Dance Center, Global Dance Festival, Arizona State University, PICA; TBA Festival, University of Riverside, The NUS for the Arts, SPAC, Bank Art, Melbourne International Arts Festival, Dance Theater Workshop, Painted Bride Art Center, 92nd Street Y Harkness Dance Festival, Danspace Project, entre outros) e Yamazaki tem sido convidado para criação de obras inéditas para companhias dos Estados Unidos, Japão, Coreia, Austrália, Canadá e Senegal.

“O butô nasceu da vanguarda no Japão e, desde então formaram-se muitos dançarinos de diversos estilos. O butô, na minha opinião, não requer um motivo, mas um corpo que preserve uma linguagem própria e não seja consumido”, diz Kota Yamazaki.


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Emilie Sugai

Na obra “LUNARIS” (2011), inspirado na poesia de Matsuo Bashô (1644-1694), Emilie Sugai cria uma interface de comunicação artística entre a linguagem do corpo e a imagem da lua, traduzindo-se em um ensaio poético narrado entre luzes e sombras.
Coreógrafa e intérprete, desenvolve uma linguagem própria e singular, em criações solos e em grupos, fruto de suas inquietações artísticas e de vida, geradas das influências recebidas de seu mestre Takao Kusuno (1945-2001) no período de 1991 a 2001, das pesquisas relacionadas às memórias do corpo, da ancestralidade e de colaborações com artistas da dança, teatro, cinema e videoarte.
Premiada com a Bolsa Vitae de Artes (1999) aprofundou as investigações relacionadas às memórias do corpo como nipo-brasileira, com a Bolsa UNESCO-Aschberg ministrou um ateliê coreográfico no Senegal, África, com dançarinos e percussionistas tradicionais senegaleses (2003), recebeu os Prêmios FUNARTE de Dança Klauss Vianna (2006/2007), Prêmio APCA como melhor concepção em dança em 2008, entre outros. 
Criou os espetáculos “Tabi” (2002), “Totem” (2004), “Intimidade das Imagens” (2006), “Hagoromo o manto de plumas” (2008), e, recentemente “Lunaris – o mundo que passa”(2011). Paralelamente participou de duas produções com consagrados diretores: “Foi Carmen Miranda” sob direção de Antunes Filho, uma homenagem a Kazuo Ohno em Yokohama-Japão (2005); e com a Cia. Pappa Tarahumara em Tóquio, Japão, na montagem do espetáculo “Heart of Gold”, baseado na obra Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez, sob direção do japonês Hiroshi Koike (2005). Com a Cia. Tamanduá de Dança Teatro fundada em 1995 sob direção de Takao Kusuno e Felicia Ogawa participou de diversos festivais internacionais de teatro (Alemanha, Cuba, Japão, Brasil), com os espetáculos “O Olho do Tamanduá” (Troféu Mambembe de Dança/1995) e “Quimera o anjo vai voando”(1999), a última obra de Kusuno.
“Caminhar lentamente deslizando, com todos os poros atentos, os pés firmes no chão e o olhar voltado para dentro. Dançar sem dançar, as mãos apoiadas no gesto. Expressar o binômio nascimento e morte: a própria vida. As marcas da personalidade e da história de cada um apagam-se com o branco que cobre o corpo todo. Fica a essência do vazio e o movimento do corpo a única linguagem. É isto que a arte butoh nos permite fazer, num caminho circular e espiralado, como dizia Takao Kusuno”, afirma Emilie Sugai sobre a sua dança Butô. 

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José Maria Carvalho

Na peça “Memória do Amanhecer” (1995), Carvalho propõe discutir a força do ciclo: vida, morte e renascimento. E em “Vaqueiro” (1995), o desafio é expressar forças paradoxais: as condições extremas da vida no lugar, a coragem e a brutalidade convivem com a paixão, a força e a suavidade na alma. A releitura das duas peças solo compõem Ciclo da Terra, que dedica uma homenagem a Takao Kusuno e Felícia Ogawa, com quem atuou na cia. Tamanduá de Dança Teatro, e que deixaram um legado de ensinamentos e exemplos de dedicação à arte do corpo, a dança e a vida, segundo Carvalho.
Dançarino, diretor, professor e pesquisador de dança, Carvalho vem desenvolvendo uma pesquisa de linguagem em dança, investigando a aplicação deste método na criação de parâmetros corporais, corpo de fluxo, habitado por intensidades, e que possibilite a criação de uma dança/acontecimento, dança do devir. Foi bailarino-intérprete do espetáculo “Cavaleiro da Rosa”, em 1987, com direção de Ivaldo Bertazzo. Entre 1992 e 1993, participa como dançarino criador de “Sáfara: Ciranda para uma Lua e Meia”, com direção de Denilto Gomes. Participa como interprete no projeto “Agosto”, em 2000, e Sofia Cavalcante, projeto que recebeu o Prêmio Estimulo FUNARTE. Em 2001, cria o espetáculo ‘Sollos”, com apoio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em 2002, começa a pesquisa sobre a obra do escritor Guimarães Rosa, que culmina no espetáculo “100 Anos de Rosa”, apresentado na Galeria Olido, em 2008. Em 2003, participa da Bienal Internacional de Artes de Kyoto, Japão, com o espetáculo “O Olho do Tamanduá”, da cia. Tamanduá de Dança Teatro. Em 2010/2011, desenvolve a performance/pesquisa “Radiodança – pesquisa de linguagem”.
“Conheci a dança Butô com Takao kusuno. Seu modo singular de ver e viver a vida e pensar a arte. Por seu intermédio conheci Kazuo Ohno e sua dança da alma. Pura intensidade, ser de sensação. Com o grupo Tamanduá dei meus primeiros passos nesta longa jornada de vida/arte. Acredito na dança/Butô como uma arte que cria potência de vida. Vida criativa capaz de criar novos mundos.”, cita José Maria Carvalho.


Diego Piñón teve como mestre o Kazuo Ohno e explora suas raízes na cultura mexicana para as criações. Kota Yamazaki foi discípulo de Akira Kasai e experiencia o conceito de fluidez no encontro das pessoas enquanto dirige seu grupo de dança em Nova Iorque. E Emilie Sugai e José Maria Carvalho foram integrantes da Companhia Tamanduá de Dança Teatro dirigido por Takao Kusuno, o precursor do Butô no Brasil, e trilham seus caminhos com linguagens e expressões próprias. A vivência e o universo de cada um destes quatro intérpretes descrevem um panorama da dança Butô que se envereda pelo mundo.

COMO FAZER O CURRÍCULO DE ARTISTA E O PORTFÓLIO

Mini compilação de informações sobre portfólio, para dar uma clareada nas ideias de quem ainda engatinha no assunto e, como eu, andava "boiando". 
Há mais informações nos links dos autores, abaixo.

 fonte: http://almadoartista.blogspot.com
          http://www.lidydutra.com/2013/07/como-montar-um-portfolio.html


 Segundo Rogério Dal' Mas o currículo de um artista deve constar alguns dados como:

  1. Nome, nome artístico (apenas se usar um nome diferente como artista), idade,  local  de  nascimento
  2. Endereço, telefone, e-mail e site (se houver) 
  3. Formação: cursos, bolsas (se tiver apenas aula com um artista, cite o artista; se for autodidata, escreva "autodidata"
  4. Ocupação/Experiência de professor de Artes, se tiver (opcional)  
  5. Exposições coletivas e individuais (se houver muitas, incluir apenas as mais importantes)  
  6.  Foto 3x4 anexada (opcional)  
  7. Publicações de sua autoria relacionadas a Artes (se houver)

Não se acanhe se houver pouco conteúdo. Um artista não se faz da noite para o dia, e os especialistas sabem disto. Mesmo querendo mostrar quantidade, evite exagerar no número de foto se de textos. O seu portfólio é geralmente mais um entre muitos que vai ser analisado em uma seleção. Portanto inclua o que existe de essencial no seu trabalho e seja claro e objetivo

No blog da Lidiane, ela diz que:
"O que você fazia aos 10 anos de idade definitivamente não interessa a quem vai apreciar o seu trabalho"

"A área de interesse: para que você precisa montar um portfólio? Pode ser para editais de fomento à cultura, seleção de estágio, vagas de trabalho, projetos acadêmicos, curadoria... Preste bastante atenção nesse ponto, parece banal, mas muita gente simplesmente não lê a documentação exigida num processo seletivo e não apresenta algo consistente. Geralmente, é publicado um modelo a ser seguido, e cada instituição/ empresa tem suas regras.

Foco: se a empresa está contratando um ilustrador, de nada adianta mostrar fotos de uma exposição de pinturas a óleo, feita há 5 anos atrás. Se você não tem uma quantidade relevante de trabalhos, aposte na qualidade... sempre.

Breve currículo: o curso de informática básica feito no Ensino Médio não precisa ser mencionado. Apresente sua formação acadêmica, experiência profissional, softwares que domina e exposições ou publicações das quais tenha participado. Nada de encher várias páginas com reflexões e devaneios. Mantenha o foco no seu trabalho e na área de seleção. E escreva ao menos um parágrafo conciso sobre sua contribuição para o projeto/ vaga de emprego/ galeria, etc, pois demonstra interesse e transmite a sensação de que você realmente quer contribuir e crescer.

Separação do material: deixe os seus originais em casa e faça cópias em alta resolução, de preferência em papel couché ou superior. Mostre detalhes de uma peça, aplicações e, se for utilizar fotos, jamais escolha as que estão com luz estourada, muito escuras ou fora de foco. Qualidade é tudo.

Suportes: nada mais desagradável e amador do que receber um "portfólio" num envelope pardo, ou então preso a um clipes. Tenha sempre uma pasta catálogo, tamanho A3 ou A4, mantenha as folhas plásticas limpas e crie uma página de identificação. São detalhes pequenos, mas que fazem diferença. Higiene e cuidado demonstram maturidade e respeito com o próprio trabalho. Não precisa ser um material caro, mas sim que se adapte às necessidades toda vez que você precisar mostrar sua arte. Geralmente, os portfólios são devolvidos em até 30 dias, após as seleções ocorrerem.

Na rede: uma boa alternativa é manter um portfólio online em plataformas profissionais, como o Flickr, Carbonmade e Behance. São locais que permitem a criação de álbuns, coleções, tags, dentre outros recursos que facilitam a catalogação dos trabalhos, além de possuírem conexões com várias redes sociais. Ter uma versão em PDF também ajuda muito no envio de arquivos pela internet". 



bye bye!! 

sábado, 2 de maio de 2015

A dança do ventre no Japão - Por Lulu


Fonte: http://lulushangrilahouse.blogspot.com.br/2012/05/danca-oriental-no-japao-o-comeco-de.html (com modificações na escrita)


Mioko Ebihara,” AiniInako Matsuya, e Kareema são nomes tradicionais e respeitados na Dança do Ventre no Japão. A existência da dança no cenário japonês, se estabeleceu  a partir de 1984.
Antes de 2005 (época em que ocorreu o boom no Japão), os grupos que tinham interesse na dança eram:
  1. Modelos e profissionais ligadas ao mundo fashion . Dança do ventre era sinônimo de estar antenadas com as novas tendências.
  2. Mulheres que buscavam por um exercício físico e viam na dança um convite sedutor. Algumas, amparadas por sua própria independência, buscaram uma nova forma de expressão. Essa foi a razão que levou, Hiromi Yamanaka, a experimentar as aulas de dança pela primeira vez.
           Atualmente, Hiromi, é profissional na área da dança, além de ser organizadora de eventos internacionais. Ela considera que existem razões muito fortes  para que a dança permaneça viva no Japão.
            As mulheres que experimentaram a dança do ventre no Japão, redescobriram a possibilidade de viver sua feminilidade de forma plena, saudável e independente.

          Voltando ao ano de 2005, o modismo ocorreu quando um importante programa vespertino na TV nacional, anunciava que esta prática era maravilhosa para auxiliar em dietas e a busca por um corpo ideal. Assim, novos estúdios de dança foram abertos e o  nível de qualidade melhorou com a visita de professores internacionais e grandes Festivais.
Lulu Sabongi acredita que a dança do ventre no Japão possui terreno fértil e será sempre aclamada como a grande alternativa para a mulher japonesa, sem importar sua classe social, atividade profissional ou idade.

Lulu Sabongi
Tóquio  - abril 2009-  esse artigo foi escrito para uma revista.

terça-feira, 31 de março de 2015

à escuta do movimento...uma escola que se dança


Dissertação: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/5738/1/2013_GustavoHenriqueGris%20-%20parcial.pdf

A Importância da dança no processo Ensino Aprendizagem

fonte:http://monografias.brasilescola.com/educacao/a-importancia-danca-no-processo-ensino-aprendizagem.htm

A dança aprimorando as habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento.

 

RESUMO
A dança enquanto um processo educacional, não se resume simplesmente em aquisição de habilidades, mas sim, poderá contribui para o aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. O uso da dança como prática pedagógica favorece a criatividade, além de favorecer no processo de construção de conhecimento.
Este trabalho tem como objetivo refletir a importância da dança na escola, como instrumento de socialização, para a formação de cidadãos críticos, participativos e responsáveis. A dança, sendo uma experiência corporal, possibilitará aos alunos novas formas de expressão e comunicação, levando-os à descoberta da sua linguagem corporal, que contribuirá para o processo ensino aprendizagem.
Palavras chaves: Dança, habilidade, socialização e processo ensino aprendizagem.
Abstract:
The dance as an educational process, not just simply in acquiring skills, but may be contributing to the improvement of basic skills, fundamental movement patterns in the development of human potential and its relationship with the world. The use of dance as a pedagogical practice, fosters creativity, and encourage the process of knowledge construction. This work aims to reflect the importance of dance in the school as an instrument of socialization, for the formation of critical citizens, participatory and accountable. The dance is a bodily experience; enable students to new forms of expression and communication, leading them to the discovery of his body language, which will contribute to the learning process. Keywords: Dance, ability, socialization and learning process.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
I. O AVANÇO DA DANÇA COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, DIANTE DO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO 12
I. I – História da Dança
12
I. II - Histórico da educação no país
16
I. III - O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem
19
II. A DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR: SEU HISTÓRICO E SUA PARTICIPAÇÃO PEDAGÓGICA 23
II. I – Dança no espaço escolar
23
II. II - Visão dos professores e gestores com relação a influência /resultado da dança no processo ensino aprendizagem
28
III. DANÇA: CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES 31
III. I – Contribuições da dança no processo ensino aprendizagem
31
III. II – As dificuldades enfrentadas pelo ensino da dança no processo de educação
36
CONSIDERAÇOES FINAIS 41
REFERÊNCIAS 42
INTRODUÇÃO
A presente monografia é parte de reflexões sobre a dança nos espaços escolares como componente lúdico capaz de oferecer aos alunos um importante instrumento pedagógico para o desenvolvimento corporal, além de contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem.
Pode-se dizer então, que a dança enquanto um processo educacional, não se resume simplesmente em aquisição de habilidades, mas sim, poderá estar contribuindo para o aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. Além de favorecer no processo de construção de conhecimento.
A monografia partiu das seguintes problemáticas: Será que a dança tem sido vista como uma importante prática pedagógica ou um lazer? Por que será que a dança raramente faz parte de nosso sistema escolar? Até que ponto a dança pode contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem?
Essa monografia justifica-se pela necessidade de conscientizar que a dança como componente curricular não pretende formar bailarinos, antes disso, pretende oferecer ao aluno uma relação mais efetiva e intimista com a possibilidade de aprender e expressar-se criativamente através do movimento.
Além do mais, a Dança na escola não é a arte do espetáculo, é educação através da arte. A dança tem suma importância para alcançar os objetivos da Educação, um deles sendo o desenvolvimento dos aspectos afetivo e social, portanto esta prática propicia ao aluno grandes mudanças internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de se expressar e pensar.
Foram utilizadas como hipóteses para a fundamentação dessa pesquisa: que a dança como prática pedagógica implicará em um trabalho de qualidade e facilitará o processo ensino aprendizagem, porém sem um planejamento, resultará em um trabalho sem compromisso, que prioriza a execução de movimentos corretos e perfeitos gerando assim a competitividade entre os alunos.
Os objetivos dessa monografia foram investigar, sob forma bibliográfica, de que forma a dança como prática educativa pode contribuir com o processo ensino aprendizagem. A fim de levar os educadores a refletirem sobre suas práticas pedagógicas, contribuindo de maneira significativa para a entrada definitiva da dança no currículo das escolas brasileiras. Conscientizar sobre a importância da dança no espaço escolar. Incentivar a reflexão de novas idéias e discussões sobre a educação pela dança.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, inserida na metodologia de pesquisa bibliográfica, onde foram analisados dados, selecionando apenas os resultados que expressam significados sobre o tema cuidado, obtidos pela análise temática de conteúdo. Assentada nos pressupostos de Érica Verderi e Paulina Ossona e outros estudiosos do tema em ação, que propõem a dança na escola como um recurso metodológico para o trabalho do professor.
Tais estudiosos acreditam que a dança é tão importante para a criança quanto falar, cantar, brincar. Inclui uma riqueza de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que enriquecem a aprendizagem. Os gestos e movimentos expressivos nela existentes favorecem uma ação livre e prazerosa. Por meio de ações que envolvem a dança, o processo de aprendizagem ocorre de forma direta e íntima, pois a criança assimila informações com o corpo, mente e emoções.
Esta monografia foi instituída em três capítulos: O primeiro capítulo relata dobre a o avanço da dança como processo de aprendizagem, diante do histórico da educação. O segundo capítulo discorre sobre a dança no espaço escolar: seu histórico e sua participação pedagógica. Já o terceiro capítulo trata da contribuição da dança e suas dificuldades no processo de educação
I – O AVANÇO DA DANÇA COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, DIANTE DO HISÓTRICO DA EDUCAÇÃO
I.I – História da Dança
A dança, em sentido geral, caracteriza-se pela arte de mover o corpo e assume papel fundamental nos dias de hoje, enquanto forma de expressão torna-se praticamente indispensável para vivermos presentes, críticos e participantes em sociedade.
Fazendo uma analogia histórica, observa-se que todos os povos, desde a Antigüidade, cultivavam formas expressivas como as danças, os jogos e as lutas. De acordo com VERDERI ( 2009): “O homem primitivo dançava por inúmeros significados: caça, colheita, alegria, tristeza,... O homem dançava para tudo que tinha significado, sempre em forma de ritual.”
Isso nos faz perceber que a dança é realmente uma das artes mais antiga que o homem experimentou. E que ao longo dos anos evoluiu em conceitos, nos fatos sociais e culturais, relevando a relação do homem com o mundo e seus diferentes meios de vida.
Percebemos também que, o movimento dançado foi a primeira forma de expressão emotiva, manifestação dos temores e sentimetos. Logo passou a ser uma cerimonia, espetáculos, celebração, e por fim uma forma de divertimento e aprendizagem.
Podemos observar que a dança foi uma forma de expressão de varios acontecimentos que marcaram época na humanidade, a partir dela o homem pode demonstrar papéis sociais e desempenhar relações dentro de uma sociedade.
Ao longo da história a dança foi associada também ao universo pedagógico, pois além de uma forma de diversão e espetáculo é, de acordo com FERRARI(2003)," educação". Na educação, ela está voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente, favorecendo todo tipo de aprendizado que eles necessitam.
Diante disso, podemos compreender que a dança tem grande valor pedagógico.
Ela possui uma importante ligação com a educação, visto que no universo pedagógico ela auxilia o desenvolvimento do aluno, facilitando sua aprendizagem e resultando na construção do conhecimento. De fato a dança também é um meio de educação, como afirma o autor abaixo.
Nesta perspectiva, PEREIRA (2001) coloca que:
(...)“a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela,pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres (...). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/ para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade”.
Tal afirmativa nos faz compreender que trabalhar com a dança dentro de uma visão pedagógica vai muito além do que ensinar gestos e técnicas aos alunos. Na verdade trabalhar com a dança permite ensinar, da maneira mais divertida, todo o potencial de expressão do corpo humano. É um ótimo recurso pedagógico para desenvolver uma linguagem diferente da fala e da escrita, e até mesmo aumentar a socialização da turma.
A dança com o passar do tempo foi ganhando cada vez mais espaço na área educacional até chegar aos dias de hoje, porém não é a proposta desta pesquisa relatar toda essa trajetória, mas apenas um breve posicionamento de sua evolução, com finalidade de informação.
Segundo OSSONA (1988), nas antigas culturas a dança teve um caráter de espetáculo, manifestações populares, e na Idade Média passou a ser uma forma de entretenimento das classes altas e as do povo. Segundo a autora, a dança desde a pré-história é uma forma de manifestação, uma “expressão corporal”, que com o passar do tempo, sofreu diversa influências e foi ganhando espaço na educação.
Com isso percebemos que a dança percorreu um longo caminho até obter esse espaço, essa visão de dança como um recurso para a prática pedagógica. Ela sofreu influências tecnológicas, foi também muito influenciada pelas novas condições sociais fazendo surgir novas propostas de arte enquanto forma de educação.
Podemos perceber tais influências no fato de terem surgidos novos recursos musicais e instrumentais, e o fato da sociedade, hoje, ter mais acesso a cultura, o que antigamente era restrito as classes sócias altas.
Tais propostas são até hoje refletidas e discutidas, visto que muitas pessoas ainda vêem a dança como apenas uma forma de diversão, como a autora ressalta acima, “um espetáculo”, com isso esquecem o seu papel pedagógico, suas diversas contribuições enquanto educação.
Durante uma ocasião a dança foi relacionada à Educação Física, chegando a ser incluída na formação desses professores. Esta disciplina tornou-se importante ao longo da época, que em seguida passou a fazer parte dos currículos das licenciaturas de Educação Física em abrangência nacional. O novo currículo confirmou a necessidade do profissional em Educação Física desenvolver competências em termos de dança em suas diferentes manifestações. Também surgem destaques de que o método Dança- Educação Física vinha sendo fortalecido como proposta teórica voltada para a integração do indivíduo como um todo. (www.musica.ahistoria.com.br)
Ainda hoje, encontramos em muitas escolas a dança relacionada com a Educação Física, muitas instituições ainda restringem o uso dessa arte como um recurso pedagógico a ser utilizado em sala de aula, e a oferecem apenas nas aulas de Educação Física, ou ainda como uma atividade extracurricular da escola.
Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil instituído o ensino obrigatório de Arte em território nacional “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” ( LDB 9394/96 Art. 26 - § 2º)
Tal proposta, como ressaltada na lei, visava o desenvolvimento cultural do aluno a fim de que o mesmo despertasse o interesse pela arte e, automaticamente, a consciência corporal. Porém, ainda encontramos escolas que não possuem a disciplina, pelo fato de não terem professor ou por diversos outros motivos, com isso nossos alunos continuam com uma visão cultural muito restrita.
Finalmente, em 1997, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que incluem, pela primeira vez na história do país, a dança em seu rol de disciplinas. Ainda de acordo com PCNs, os principais objetivos da dança seriam “valorizar diversas escolhas de interpretação e criação, em sala de aula e na sociedade, situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade e buscar informações sobre dança em livros e revistas e ou em conversas com profissionais” (BRASIL, 1997).
A inclusão da dança nos PCNs visava encarar o ensino da dança como uma atividade educativa, recreativa e criativa, e também propiciar situações para a construção do conhecimento, independente de se estar brincando, pulando ou dançando. Teoricamente a proposta de inclusão da dança nos PCNs é bastante significante para a nossa atual visão de educação, porém é preciso ser reavaliada a prática dessa proposta, pois o que temos não é um recurso para o aprendizado, mas uma forma de descanso, de diversão e, até mesmo um recurso na falta de conteúdo programático.
Nessa perspectiva, hoje a dança é compreendida por muitos por seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um divertimento ou um enfeite. A dança é tão importante quanto falar, cantar, brincar, inclui uma riqueza de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que enriquece a aprendizagem.
I. II – Histórico da educação no país
A história da educação no Brasil tem início 1549 com os padres jesuítas, eles fundam diversas escolas, uma rede de colégios reconhecidos por sua qualidade, chegando a oferecer estudos paralelos ao nível superior. LIMA (1969)
O relato do autor nos faz refletir que os padres jesuítas tiveram uma grande importância para a história da nossa educação, visto que os mesmos ofereceram diversas contribuições enquanto educadores. Além do mais, como o próprio autor ressalta, foi através dos mesmos que surgiram as primeiras escolas, as primeiras concepções de educação no país.
Em 1808, com a chegada da família Real no Brasil surgem instituições culturais e científicas de ensino técnico e os primeiros cursos superiores. Porém, somente após a independência do Brasil, em 1822, é que ocorreram algumas mudanças sociais, políticas e econômicas, até mesmo em termos de política educacional. LIMA (1969)
É de conhecimento geral que, a independência do Brasil, foi de suma importância para o nosso país em termos de progressão, e não poderia ser diferente no setor educacional, surgem políticas educacionais importantes, com propostas realmente legitimas. Mesmo que, até os dias atuais, muitas dessas propostas e ideologias ainda estejam na teoria, outras já foram esquecidas com o passar do tempo.
Com a Constituição de 1824, surge o acordo que afirma que a educação primária e gratuita para todos, que assegurava em seu Art. 1o que “em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de primeiras letras que forem necessárias”. (www.pedagogiaemfoco.pro.br)
Realmente, encontramos hoje, inúmeras escolas distribuídas por todos os lugares, porém falta estrutura física e pedagógica, essas escolas existem, mas muitas delas sem apoio político, social e econômico, faltam professores, merenda, material didático, além de possuírem uma péssima estrutura física. Além do mais, são salas de aulas com mais de 40 alunos, quando na verdade deveriam ter apenas 25, infelizmente essa é a triste realidade de nossas escolas.
Com a descentralização da educação básica, instituída em 1834, é autorizado as províncias o direito de legislar sobre a educação primária, em conseqüência disso se ampliou ainda mais as diferenças sociais e econômicas entre as elites do País e as camadas sociais populares. PILLETTI (1996)
Tais diferenças sociais são perceptíveis até os dias atuais, no qual ainda persiste uma desigualdade social bastante relevante, onde a denominada Elite prevalece, em termos sociais e econômicos, sobre as camadas sociais mais populares. A educação, ainda sofre as consequências do jogo de poder, por estar de fato abrangida na política.
Durante a década 20, o Brasil começou a rever e reconstruir diversos dos seus setores, o setor educacional sofreu inúmeras reformas no ensino. Com isso, surgiu a primeira grande geração de educadores, como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Almeida Júnior, entre outros. Esses educadores tinham idéias de “educação para todos” e “educação gratuita” dando início à democratização do ensino. Eles ainda publicaram o Manifesto dos Pioneiros, documento que defendia a igualdade da educação, visto que eles eram contra ao caráter discriminatório e antidemocrático que existia na época, onde destinava a escola profissional para os pobres e o ensino acadêmico para a denominada elite. ARANHA (2006)
Atualmente, a luta desses educadores ainda é defendida por muito professores, visto que as idéias desses educadores, “educação para todos” e “educação gratuita”, continuam a existir somente no documento. Logo, continuamos a viver à mercê desse caráter discriminatório e antidemocrático, no qual a “educação”, no sentido global, é na verdade para uma minoria de privilegiados, e os menos favorecidos continuam a receber uma educação que favorece a subordinação.
Em 1934 ocorreram avanços expressivos na área educacional. De 1945 até 1964, a educação brasileira passou por transformações significativas, destacando-se campanhas e movimentos de alfabetização de adultos, além da expansão do ensino primário e superior. E também a consolidação do projeto da primeira LDB, que foi aprovada em 1961, lei nº 4.024. No período de 1969 e 1971, foram sancionadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, incluindo mudanças significativas na estrutura de ensino. Em 1988 é promulgada uma Constituição que destaca a universalização do ensino fundamental e o fim do analfabetismo, como conseqüência disso a LDB 4024/61 cai em desuso. (ARANHA, 2006)
Com isso percebemos que apesar do projeto da lei nº4024/61 ser avançado, com propostas bastantes relevantes, na época da apresentação, ele se tornou antigo no decorrer dos debates, discussões e do confronto de interesses. Com o passar do tempo, as propostas se encontraram ultrapassadas, os interesses e os objetivos já não deveriam ser os mesmos.
Somente em 1996 surgi a atual LDB 9394/96, que foi sancionada em 20 de dezembro de 1996. Baseada no princípio de “educação para todos”, a LDB de 1996 trouxe mudanças significativas para a educação, como a inclusão da educação infantil (creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica:
“a educação infantil, primeira etapa da educação básica,
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade. ( LDB 9394/96 Art. 29).
Atualmente, muitas mudanças ocorreram na educação, porém a mesma continua a ter características de exclusão social, visto que ainda há uma enorme diferença
social, onde a classe dominante recebe uma educação para a formação do cidadão num todo e a classe menos favorecida uma educação para manter a situação de subordinação.
Vivemos numa sociedade marcada pela história educacional de dominação, onde prevalecem as idéias da classe dominante, onde a “igualdade de educação para todos” só existe teoricamente.
No entender de SAVIANI (2003), a sociedade esteve condenada por diversos séculos a idéia de que o ensino era apenas para alguns, e por isso os demais não precisariam aprender, o mesmo ressalta tal afirmativa ao declarar que “a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material”.
Diante da visão do autor, aqui cabe, mais uma vez, ressaltar que, em todas as épocas a educação foi seletiva, não democrática, um privilégio de poucos. Constatamos ainda hoje, que sempre a parte mais pobre da sociedade é excluída da escola, do direito à educação. Educação no sentido, de formação integral do sujeito, enquanto cidadão crítico e reflexivo.
Desta forma, conclui-se que desde o inicio sofremos da falta de estrutura e investimento na área educacional. Reservada a uma elite dominante e totalmente exploradora, a história da educação caminhou por veredas tortuosas, estando sempre voltada a dominação social.
I. III – O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Atualmente, não só na área da educação, mas também em outras áreas, pensa-se no indivíduo como um todo e, portanto, amplia-se o conceito de educação, para o conceito do processo de ensino-aprendizagem.
As reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem nos permitem levar todos a repensarem a prática educativa. Entender hoje as escolas e observar as salas de aula como uma comunidade culturalmente constituída por meio da participação de diferentes sujeitos, que assumem diferentes papéis no processo ensino-aprendizagem. GARRIDO (2002)
Diante de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das escolas ainda demonstra os alunos com pouca ou nenhuma capacidade de poder crítico-reflexivo, a obrigação dos mesmos em decorar os conteúdos, além da hierarquia entre educador e educando.
VERDERI (2009) declara que:
“o professor deve conscientizar-se de que o momento é de inovar e ousar, que os tempos de cópias já se afastaram juntamente com paradigmas que não se enquadram mais nas novas visões de uma pedagogia preocupada com a formação integral do educando.”
Diante de tal afirmativa, a solução está na reflexão de como os educandos aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem. Considerando que o aluno não foi programado para imitar, que o mesmo só estará satisfeito e realizado se estiver participando ativamente das atividades, podendo explorar sua criatividade e expor seus conhecimentos.
Pensar no processo ensino-aprendizagem de forma a promover a construção de conhecimentos traz a idéia de seres humanos como indivíduos inacabados e passíveis de uma capacidade de refletir criticamente o aprendido.
Nesse processo de construção do conhecimento alunos e professores são sujeitos e devem atuar de forma consciente. Não se trata apenas de sujeitos do processo de aprendizagem, mas de seres humanos inseridos numa cultura e com histórias e experiências particulares de vida.
FREIRE (1997) explica o homem só passou a ensinar quando descobriu que era capaz de aprender. Foi desenvolvendo a capacidade de aprender que ele se descobriu capaz de ensinar. Nessa perspectiva os professores enquanto ensinam aprendem e os alunos enquanto aprendem ensinam.
Todo processo ensino aprendizagem depende do interesse dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo. Assim, a aprendizagem se dá na coletividade, mas não perde de vista o indivíduo que é singular (contextual, histórico, particular, complexo).
Com isso, é preciso compreender que o processo ensino-aprendizagem se dá na relação entre indivíduos que possuem sua história de vida e estão inseridos em contextos de vida próprios. Nessa perspectiva, o processo ensino-aprendizagem vai ocorrer através da relação entre sujeitos em permanente socialização de experiências e saberes.
Para que o processo ensino aprendizagem ocorra, VYGOTSKY (1991) afirma que é necessário que o professor desafie o nível em que o aluno está, não desrespeitando seus conhecimentos e experiências anteriores, mas tendo um olhar para o futuro, para as capacidades que desenvolverá, possibilitando a socialização das experiências culturais acumuladas historicamente pela humanidade.
Nessa perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem possibilita que os sujeitos – professor e alunos – se encontrem, troquem, socializem conhecimentos, experiências, afetos, histórias, sonhos e utopias. O professor sempre mediando com instrumentos pedagógicos e psicológicos. Os alunos respondendo e também sendo mediadores dos que ainda não conseguiram.
Na verdade, alunos e professores vivem numa eterna troca, num processo de interação, onde um aprende com o outro. E nessa troca não existe um único detentor do conhecimento, mas seres inacabados que aprendem e se ensinam mutuamente.
VYGOTSKY (1989) afirma que o auxílio prestado à criança em suas atividades de aprendizagem é válido, pois, aquilo que a criança faz hoje com o auxílio de um adulto ou de outra criança maior, amanhã estará realizando sozinha. Desta forma, o autor enfatiza o valor da interação e das relações sociais no processo de aprendizagem.
Diante disso, ainda é importante ressaltar que, o processo ensino-aprendizagem ocorre a todo o momento e em qualquer lugar. Portanto, o que se questiona neste processo é, qual o papel da escola? Como deve esta ser considerada? E qual o papel do professor?
É papel da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos alunos e o sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento científico. E como tal, deve ser considerada como um contínuo processo de desenvolvimento influenciando e sendo influenciada pelo ambiente, no qual deve existir um ambiente dinâmico e contínuo, que contribua para o processo de aprendizagem.
A escola é um dos agentes responsáveis pela integração da criança na sociedade, além da família. É um componente capaz de contribuir para o bom desenvolvimento de uma socialização adequada a criança, através de atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e participação ativa das mesmas, caracterizando em cada criança o sentimento de sentir-se um ser social.
O papel do professor é o de conduzir e orientar os alunos, de modo que cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo. É seu dever favorecer o processo ensino-aprendizagem e refletir o seu papel no todo e isoladamente.
VERDERI (2009) afirma que:
“ o professor é aquele que cria condições para o processamento das atividades e o aluno, aquele que busca, dentro desse contexto, condições para o seu pleno desenvolvimento. Que nessa relação, o professor também possa aperfeiçoar os conhecimentos já trazidos pelos alunos e, a partir daí, explorar novas formas de conhecimento mais complexas”.
Isso nos faz refletir que, há aprendizagem dos dois lados e que para desencadear o processo de aprendizagem dos alunos, o professor precisa possibilitar condições para que os mesmos elaborem, critiquem o conhecimento, e dele se aproprie.
Logo, permanece ao professor o desafio de tornar as práticas educativas mais condizentes com a realidade, mais humanas e, com teorias capazes de abranger o indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a educação.
Diante dos fatos, entende-se que a aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. E o ensino só tem sentido quando implica na aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o professor ensina e entender como o aluno aprende, só assim o processo ensino aprendizagem poderá acontecer e o aluno conseguirá aprender a pensar, a sentir e a agir.
II - A DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR: SEU HISTÓRICO E SUA PARTICIPAÇÃO PEDAGÓGICA
II. I – Dança no espaço escolar
A vida humana na Terra se substantiva através do corpo. É ele que nos faz vivos e concretiza a nossa existência. Da mesma maneira a dança trata do resgate da própria personalidade, do contato com o lado mais humano através da expressão artística: o indivíduo se expressa e se torna capaz através da Arte que produz e que lhe devolve toda a sua potencialidade de viver e de se realizar plenamente. (www.nima.puc-rio.br)
Isso nos faz compreender que através da dança o indivíduo é capaz de demonstrar aquilo que ele pensa, que ele entende, ou seja, ele é capaz de demonstrar o seus conhecimentos e habilidades, de maneira mais transparente possível, ele se expõe por completo.
Historicamente, o homem utilizava-se da dança apenas para expressar sentimentos e agradecimentos. Apesar de esse caráter persistir ainda hoje, outros aspectos foram incorporados a dança, contribuindo para o seu crescimento enquanto arte e educação.
Entretanto esta visão já vem se modificando. De acordo com OSSONA (1988), atualmente existe uma melhor compreensão a respeito dos valores formativos e criativos da dança, que levam a uma ampliação das ações corporais.
Com isso, no Brasil e no mundo, a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos benefícios que vão desde a melhora da autoestima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o desenvolvimento da aprendizagem. A cada dia a dança vem expondo seus aspectos positivos dentro da formação do sujeito, através da educação, e até mesmo contribuindo para a construção da sociedade.
Atualmente, a dança tem se tornado um estilo alternativo nas práticas pedagógicas, por orientar o movimento corporal de cada aluno de forma a explorar sua capacidade de criação, estimulando o autoconhecimento e favorecendo para aprendizagem. Segundo OSSONA (1988) “a dança ainda é uma manifestação de caráter étnico, é quando mais se parece com a “expressão corporal”, que foi ganhando terreno nos esquemas da educação”.
Contudo, a dança ao ser inserida ao conteúdo escolar não pretende formar bailarinos, antes disso, consiste em oferecer ao aluno uma relação mais efetiva e intimista com a possibilidade de aprender e expressar-se criativamente através do movimento. Nessa perspectiva, o papel da dança na educação é o de contribuir com o processo ensino-aprendizagem, de forma a auxiliar o aluno na construção do seu conhecimento. E também, assistir o professor enquanto recurso pedagógico.
VERDERI (2009) declara que:
“a dança na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno desenvolva todos os seus domínios do comportamento humano e, por meio de diversificações e complexidades, o professora contribua para a formação de estruturas corporais mais complexas.”
Essa proposta se resume na busca de uma prática pedagógica mais coerente com a realidade escolar, onde a dança preparará o corpo e a mente dos alunos a fim de que se exercitem de acordo com suas necessidades, estimulando através dos movimentos espontâneos e a precisão do gesto, o processo ensino aprendizagem.
Com isso, percebemos que a dança na escola não é a arte do espetáculo, é educação por meio da arte. E tem suma importância para se alcançar os objetivos da Educação, um deles sendo o desenvolvimento do aspecto afetivo e social. Deste modo, esta prática propicia ao aluno grandes mudanças internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de se expressar e pensar.
Segundo LABAN, (1990) “Quando criamos e nos expressamos por meio da dança, interpretamos seus ritmos e formas, aprendemos a relacionar o mundo interior com exterior”.
Ás vezes, viver em sociedade é muito difícil, pois inclui aceitar o outro, suas opiniões e maneiras, aceitar os “não” que a vida nos proporciona. De fato, aprender a conviver no mundo exterior.
Nessa perspectiva, compreendemos que a dança permite ao individuo não só uma busca de sua personalidade, mas ensina-o a viver em sociedade, a se relacionar com o seu eu e com o próximo, de forma prazerosa e não como uma obrigação.
A criança tem necessidade de andar e saltar: não a podemos condenar a ficar imóvel, porque certamente falharíamos e a prejudicaríamos (...). Porque a criança tem necessidade de agir, criar e trabalhar, isto é, empregar a sua atividade numa tarefa individual ou socialmente útil (...). (FREINET, 1974)
Diante disso, dançar é tão importante para uma criança quanto falar, contar ou aprender geografia. É essencial para a criança que nasce “dançando”, não desaprender essa linguagem pela influência de uma educação repressiva e frustrante. Para isso, a educação deve unificar corpo e mente, ensinando a pensar em termos de movimento para dominá-los, e não apenas se preocupar com o domínio da escrita, do raciocínio lógico-abstrato e da linguagem.
O papel da dança na prática educativa tem o objetivo de resgatar, de forma natural e espontânea, as manifestações expressivas da nossa cultura. A expressão corporal como recurso da aprendizagem escolar, utiliza o corpo em movimento, estimulando a expressão de sentimentos e emoções que auxiliam na integração social.
Para MORANDI (2006), a criança tem o impulso inato de realizar movimentos similares aos da dança, sendo ela uma forma natural de expressão. Cabe à escola levá-la a adquirir consciência dos princípios do movimento, preservando sua espontaneidade e desenvolvendo a expressão criativa.
Nessa perspectiva, é papel da escola realizar a mediação conhecimento e a espontaneidade, ou seja, a escola precisa criar meios de aprendizagem por meio da dança, de maneira que as crianças não tenham atitudes mecânicas, mas de forma natural ensinar os princípios dos seus movimentos, a função do corpo.
Contudo, o uso da dança na sala de aula não deve visar apenas proporcionar a experiências com corpo e diminuir conflitos decorrentes de esforços intelectuais excessivos. Na medida em que favorece a criatividade, pode trazer muitas contribuições ao processo de aprendizagem, se integrada com outras disciplinas.
A dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto- expressão e aprendendo a pensar em termos de movimento (MARQUES, 2003).
Desta forma, a escola deve estar sensível aos valores e vivências corporais que o indivíduo traz consigo permitindo desta forma que conteúdos trabalhados, se tornem mais significativos. Visto que, a educação através da dança possibilita a formação de cidadãos com uma visão mais crítica autônoma e participativa desta sociedade em que vivemos.
Precisamos pensar na dança no contexto escolar, tendo como prioridade os processos pedagógicos, compreendendo a importância de uma prática que respeite o corpo e a liberdade de expressão dos alunos.
Deste modo, através da dança, podemos introduzir em nossas salas de aula, momentos de reflexão, pesquisa, comparação, desconstrução das danças que apreciamos (ou não) e, assim, podermos agir crítica e corporalmente em função da compreensão, desconstrução e transformação de nossa sociedade.
Enfim, considerando que a dança deve estimular na criança a criatividade na conquista de sua autonomia, as experiências com o corpo dançante devem fazer parte da prática pedagógica. É importante reafirmar que combinar interesses e desafios corporais num ambiente integrativo entre a criança, emoções, pessoas e o mundo fazem da dança referencial para o aprendizado.
II. II – Visão dos professores e gestores com relação a influencia /resultado da dança no processo ensino aprendizagem
A visão de disciplina na escola sempre foi entendida como “não movimento’’ e as crianças educadas e comportadas são aquelas que simplesmente não se move. Alguns educadores julgam que, para ocorrer a aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto.
Com isso, a dança ainda é percebida de forma equivocada por muitos professores e gestores, que costumam apresentá-la somente em datas comemorativas e na forma de apresentações de coreografias prontas.
Promover a educação através da dança escolar não se resume em buscar sua execução “festinhas comemorativas” (VERDERI, 2000); tampouco oferecer a idéia de que “dançar se aprende dançando”. (MARQUES, 2003)
Para estas autoras o estudo e a compreensão da dança, vão muito além do ato de dançar, ou seja, a dança no espaço escolar, não se resume ao ensino de danças ou técnicas de movimentos, mas auxilia na formação do indivíduo, contribuindo com sua construção de conhecimento.
Na concepção de ensino de muitos professores e gestores, a educação por meio da dança é nula, pois o corpo é visto como objeto e a execução dos movimentos está vinculada a uma perfeição técnica e estética. Porém, também encontramos a visão de que o ensino de dança deve unir conhecimento técnico e expressividade.
Para professores e gestores a dança deve trabalhar a sensibilidade, a expressão e suas possibilidades de ampliação e a comunicação corporal, e ao mesmo tempo não se afastar da técnica e de conteúdos formais. Dessa forma, para eles a dança deve ser trabalhada de forma ampla, favorecendo o desabrochar do corpo e automaticamente o processo ensino aprendizagem.
Para FIAMONCINI (2002-2003), é preciso lidar com o ensino de técnicas, sem impedir o aflorar da criatividade e da expressividade, pois o excesso de técnicas pode fazer com que fiquem esquecidos “os pensamentos, as necessidades e os sentimentos das pessoas, o que pode ocasionar-lhes uma falta de sentido para continuar dançando”.
Diante disso, fica claro que o ensino excessivo de técnica faz com que os objetivos essenciais do ensino da dança sejam esquecidos, deixados de lado, e com isso perde-se o interesse, o significado do dançar.
Na verdade, ao longo dos anos, a dança até tem deixado de ser vista apenas como uma manifestação artística e passado a ser percebida como um meio de reflexão crítica. O objetivo central do ensino da dança aos poucos tem se tornado o autoconhecimento e a construção desse conhecimento.
Para MARQUES (2005), nos conteúdos trabalhados em sala de aula a dança tem que estar vinculada com o contexto dos alunos: “o contexto dos alunos é um dos interlocutores para o fazer-pensar a dança, pois garante a relação entre o conhecimento em dança e as relações sócio, político e culturais dos mesmos em sociedade”.
Com isso, percebe-se a importância da relação ensino- realidade, onde os conteúdos ministrados em sala de aula têm relação com a vivencia do aluno. Enfim, é preciso que os conteúdos despertem o interesse dos alunos, visto que nem sempre a dança faz parte de sua realidade cultural. Muitas das vezes, ela é vista pelo aluno de forma preconceituosa.
Para os gestores, o conteúdo centrado na realidade e no contexto dos alunos deve ser transformado pelo professor de forma consciente e problematizadora para que o aluno entenda a dança como um processo individual, coletivo e social no qual todos podem produzir saberes e conhecimentos. (Revista Diálogo Educacional, 2008)
Diante disso, percebemos que o ensino da dança não pode ser meramente lançado pelo professor, o mesmo precisa analisá-lo, refletí-lo criticamente de forma que o professor conscientize o seu aluno da importância desse ensino e os seus benefícios enquanto recurso de aprendizagem.
A dança pode favorecer o aluno na constituição de saberes e conhecimentos, mas ante é preciso que a mesma faça sentido para este aluno, ou do contrário o mesmo a perceberá apenas como uma forma de diversão.
Para os professores, a arte e, mais especificamente, a dança é um conhecimento tão importante quanto qualquer outro conhecimento presente na escola. E, portanto, o objetivo do ensino de dança na escola deveria ser trabalhar com o foco na construção do conhecimento dos alunos por meio do corpo, de maneira que o aluno pudesse vivenciar a dança como arte, sob a perspectiva de que os mesmos não criassem repulsos e expectativas equivocadas. (Revista Diálogo Educacional, 2008)
Nessa perspectiva, para atingir esse objetivo, não existe um método ideal de trabalho. É necessário que o professor observe a realidade corporal dos alunos e trabalhe com as linguagens das crianças, permeando com o conteúdo que ele quer abordar, ou seja, sempre elaborando suas atividades de dança de forma que faça uma relação com as demais disciplinas.
Com isso, se faz perceptível a necessidade da interação entre as disciplinas, que precisam estar interligadas, para que possam favorecer o processo ensino-aprendizagem, do contrário apenas serão conteúdos lançados, de formas isoladas, que não farão sentido algum para os alunos. Conseqüentemente, dificultará todo o processo de aprendizagem.
Segundo VERDERI (2009):
“as atividades e propostas da dança na escola são elaboradas e fundamentadas exclusivamente no movimento e nas possibilidades da variação deste e, também, nas informações concretas que esse movimento poderá oferecer ao aluno quando estivermos falando em educação nas demais disciplinas.”
Podemos perceber que, apesar de a maioria dos professores e gestores ainda manter uma visão do ensino de dança focalizado no ensino de técnicas, já existem novas visões de propostas para o ensino de dança.
Atualmente já conseguimos fazer com que muitos desses professores e gestores possam refletir sobre ensino de dança, tendo como foco principal a visão de que este ensino deve sempre buscar o desenvolvimento da criatividade e expressividade, para que como conseqüência alcance a aprendizagem.
Sendo assim, o aluno deve ser visto como sujeito ativo e participante do processo ensino-aprendizagem. Em vez de apenas depositar conhecimentos, os professores precisam partir da realidade e da linguagem dos próprios alunos para promover o ensino de dança.
III – DANÇA: CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES
III. I Contribuições da Dança no processo ensino aprendizagem
Cada vez mais a dança vem sendo incluída nos currículos escolares e extra-escolares, visto que a utilização da dança como prática pedagógica pode trazer muitas contribuições ao processo ensino aprendizagem.
Segundo VERDERI (2009) “a dança na escola deverá ter um papel fundamental como atividade pedagógica... e por meio dessas mesmas atividades reforçar a autoestima, a autoimagem, a autoconfiança e o autoconceito”.
Tal afirmativa nos faz compreender que, o papel educacional da dança visa o desenvolvimento físico, emocional e social do aluno. De forma que amplie sua visão na sociedade, tornando-o um indivíduo pensante, capaz de contribuir com essa sociedade.
Como a autora ressalta, a dança é fundamental como recurso pedagógico, visto que ela ajuda a construir no aluno um indivíduo mais confiante, reforçando sua autoestima, fazendo com que ele se sinta proveitoso, capaz. Enfim, a dança auxilia no desenvolvimento da autonomia do aluno.
De acordo com PICONEZ (2003) “os alunos aprendem pela prática”. Portanto, as atividades pedagógicas de dança não podem isolar os alunos em quatro paredes, antes disso deve estimular a criança a descobrir o seu potencial expressivo e criativo.
Diante disso, fica claro que a dança enquanto processo de aprendizagem, possibilita o aluno aprender pelas experiências do próprio corpo, a compreender o ponto de vista do próximo, a desenvolver habilidades e a expressar sua criatividade.
Logo, a dança possibilita que a aprendizagem ocorra de forma prazerosa, através da prática, estimulando a todo instante o aluno. E não na antiga concepção de muitos educadores, citada no segundo capítulo desse estudo, de que a aprendizagem só se constrói com alunos quietos e em silêncio.
Para BERTONI (1992), a dança como fator educacional contribui no desenvolvimento psicológico, social, anatômico, intelectual, criativo e familiar.
Nessa perspectiva, a dança contribui para uma educação motora consciente e global, proporcionando diversos benefícios no que se refere aos aspectos físicos, sociais e intelectuais.
O trabalho com a dança também possibilita a descoberta do próprio corpo, o reconhecimento de que cada indivíduo possui diferentes maneiras de se movimentar, o que resultara na conscientização do aluno com relação ao respeito à individualidade dos seres humanos.
A fala de Bertoni reforça ainda mais a visão de que a dança contribui para o desenvolvimento global do aluno.
Segundo NANNI (1995) a dança contribui para o desenvolvimento das funções intelectuais como: atenção, memorização, raciocínio, curiosidade, observação, criatividade, exploração, entendimento qualitativo de situações e poder de crítica.
Tal afirmativa da autora só nos leva a ressaltar que, a dança em seu caráter educativo pode trazer grandes contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem. Enfim, a dança pode contribuir para um bom aprendizado, sem que seja necessário deixar de lado os conteúdos programáticos, a mesma deverá estar voltada para o desenvolvimento da auto-estima, confiança, motivação, elementos estes de suma importância para o processo ensino aprendizagem.
Diante disso, é perceptível a contribuição da dança como recurso pedagógico, visto que auxilia em diversas áreas que são de suma importância para que o aluno construa o seu conhecimento.
FUX (1983) defende que a dança é um instrumento que estimula a espontaneidade e a criatividade.
Nesta questão, é importante salientar que a dança, enquanto prática pedagógica favorece o desenvolvimento do aluno, tornando-o um sujeito capaz de pensar de maneira criativa, de expressar e se comunicar com o mundo que o envolve de forma espontânea. O que também nos faz observar a dança como uma forma natural de comunicação através da expressão corporal.
Isso ainda nos faz refletir que, o trabalho com a dança em sala de aula tem que estar sempre voltado para a aprendizagem e não como uma forma de recreação. Porém, sempre estimulando a liberdade do aluno, do contrário o mesmo ficará reprimido e não alcançará o objetivo da aula.
De acordo com NANNI (1995) o movimento corporal é de vital importância para o desenvolvimento da criança, pois através de suas habilidades motoras ela expande seus conhecimentos.
Isso nos faz perceber que a partir do momento em que o aluno se torna consciente de si e de suas capacidades, o mesmo é capaz de se desenvolver e crescer, interagindo com o seu habitat, vivenciando experiências através do próprio corpo.
A visão da autora nos faz pensar que o corpo possui uma ligação interna, logo a mente está conectada aos movimentos. Portanto, estimular os movimentos resultará na excitação da mente, que automaticamente favorecerá no processo de aprendizagem.
De acordo com FREINET (1991), “infeliz educação a que pretende, pela explicação teórica, fazer crer aos indivíduos que podem ter acesso ao conhecimento pelo conhecimento e não pela experiência. Produziria apenas doentes do corpo e do espírito, falsos intelectuais inadaptados, homens incompletos e impotentes”.
Partindo desse pensamento, o professor deve utilizar a dança como um recurso lúdico, capaz de enriquecer a aprendizagem em diversas disciplinas, estimulando a aprendizagem de forma livre e prazerosa, numa relação corpo e mente.
Estimular a aprendizagem de maneira livre e prazerosa significa estimular de forma que desperte o interesse do aluno, que o mesmo possa participar ativamente da atividade, e não de forma autoritária e repressiva.
De acordo ainda com OSSONA (1988) é necessário encarar o ensino da dança como uma atividade educativa, recreativa e criativa. E ainda, é necessário um plano de ensino e um plano de realização.
Diante disso, observamos que para a dança contribuir no processo ensino aprendizagem, é importante que antes, possamos entendê-la como uma atividade educativa, capaz de auxiliar o desenvolvimento global do aluno. Precisamos usar a dança em nossas atividades pedagógicas, de forma a permitir ao aluno maior vivência corporal possível, contribuindo assim com o seu desenvolvimento.
Para isso, a autora também ressalta a necessidade de se estar preparado. A necessidade do professor ter uma educação continuada e sempre preparar suas aulas com antecedência, enfim, ter o seu plano de ensino, mesmo que no momento de execução do plano possa aparecer algo fora do que se estava planejado. Tais atitudes, segundo a autora, também contribuem para o processo ensino aprendizagem.
OSSONA (1988) ainda ressalta que “nossas crianças são dotadas de enorme potencial psico-fisiológico, e nós somos responsáveis pelo aprimoramento desse potencial”.
Nessa perspectiva, para que isso ocorra, é fundamental que nossas atividades gerem sempre liberdade de expressão e beneficiem o desenvolvimento motor do aluno. Devemos explorá-lo ao máximo, tendo sempre o cuidado para não limitarmos e nem reprimirmos o seu desenvolvimento.
De fato nossos alunos são dotados de diversas habilidades e conhecimentos. Como professores cabe à nós aprimorá-los de forma que os mesmos se desenvolvam e busquem ainda mais conhecimentos.
Ainda é importante ressaltar que a dança, enquanto processo de aprendizagem contribui para a formação de um corpo vivo, que além de ocupar espaço e ter formas, possui expressão, desejos e interage com as coisas da natureza. OSSONA (1988)
Isso nos faz aprender que a dança contribui para a formação de homens e mulheres mais conscientes da própria vida, favorecendo o processo de aprendizagem dessa conscientização e de outras mais pedagógicas.
Nessa perspectiva, a dança é de suma importância na formação do sujeito enquanto cidadão crítico, reflexivo e participativo.
Pode-se dizer então, que a dança enquanto processo educacional, não se resume em colaborar com o ensino de habilidades, mas sim, contribuir para o desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo, favorecendo assim também com o processo de construção de conhecimento.
III. II – As dificuldades enfrentadas pelo ensino da dança no processo de educação
Sabemos que a dança enquanto conteúdo escolar está presente na educação, mas não como uma disciplina à parte, com aula apenas de dança, ministradas por um profissional, cuja formação se dê na Licenciatura de Dança. Mas sim, a dança está inserida nos espaços escolares através das aulas de Educação Física e artes, como um recurso pedagógico, ou até como uma forma de recreação.
STRAZZACAPPA (2001) diz que a dança raramente está presente no ambiente escolar. Nessa perspectiva, podemos perceber que a dança dificilmente é tratada na escola, porque esta área tem encontrado problemas para ensinar tal conteúdo. São inúmeras as mazelas encontradas no espaço educacional.
A dança, geralmente, é encontrada como forma de espetáculo, apresentação, como uma arte. E não como um recurso pedagógico de grande valia para a aprendizagem, o qual auxilia o processo de construção do conhecimento, através da interação entre o corpo e a mente.
STRAZZACAPPA (2001) também constata que a deficiência da dança no ambiente escolar na maioria das vezes se deve ao despreparo do professor para realizar tal tarefa.
Diante disso podemos afirmar que muitos professores utilizam a dança em suas aulas, porém não sabem exatamente o que, como, ou ainda porquê ensinar, utilizar a dança na escola.
Podemos ainda afirmar que a dança vem sendo trabalhada, sem que se tenha uma proposta de trabalho definida, e com isso tem se comprometido o desenvolvimento do processo criativo que poderia estar acontecendo nos espaços escolares.
De acordo com MARQUES (1990) algumas das razões para a dança ser pouco compreendida enquanto área de conhecimento são:
“a ignorância daquilo que pode ser considerado dança, a falta de visão de que a dança não é necessariamente algo academizado, a falta de experiência das pessoas no que diz respeito à dança,uma concepção restrita de educação e, também, a dificuldade de lidar com o corpo durante tantos séculos condenado ao profano e ao pecado”.
Nessa perspectiva, podemos constatar que o ensino da dança tem sido ministrado sem nenhuma preocupação com relação o seu real papel, falta conhecimento das pessoas no que diz respeito a dança, falta uma proposta pedagógica adequada. Enfim a dança é trabalhada de forma desordenada, encontramos assim, muitos problemas dentro do espaço educacional, que automaticamente interferem no processo de educação.
Podemos constatar inúmeros problemas da dança no espaço educacional, dentre os principais encontra-se a falta de preparo e conhecimento dos professores, o preconceito, a dificuldade da participação masculina em atividades dançantes. (www.educacaofisica.com.br/biblioteca)
Diante disso compreendemos que a dança no espaço escolar é até empregada, porém com muitas dificuldades, além de muitas facetas. São inúmeros professores que vêm trabalhando com a dança no espaço escolar sem que tenham basicamente tido experiências prática-teórica de dança. Ou ainda são inúmeras as atividades de dança na escola que têm sido utilizadas apenas como uma forma de recreação e não possuem nenhum cunho pedagógico.
Ainda temos que enfrentar os inúmeros preconceitos com relação a utilização da dança como prática pedagógica, muitos responsáveis reclamam da prática por acreditarem ser exclusivamente feminina. Com isso enfrentamos a falta de participação masculina em atividades rítmicas, eles se sentem envergonhados diante da prática de dança, chegam a questionar se isso afeta sua masculinidade. Logo a participação masculina na dança é nula, ou quando não, é ridicularizada.
A metodologia de ensino inadequada, relacionamento professor-aluno, desinteresse dos educadores, também são problemas enfrentados pela dança no espaço educacional. (www.educacaofisica.com.br/biblioteca)
Nessa perspectiva, podemos observar que o ensino de dança não possui uma metodologia de ensino adequada, visto que, como já relatamos no presente estudo, o ensino da dança é muitas vezes empregado como uma forma de recreação, sem que se tenha uma proposta de aprendizagem.
Logo isso ressalta outro problema, que é a falta de interesse dos educadores, muitos não se interessam em ter uma prática pedagógica que desperte o interesse dos alunos em participar das aulas, além da falta de interesse pela educação continuada, ou seja, estar sempre buscando o novo, aprimorar seus conhecimentos, buscar atividades rítmicas novas.
Podemos ainda relatar o problema da relação professor-aluno, que se não empregada de uma maneira harmoniosa, com interação, interfere diretamente no processo de aprendizagem. O professor precisar ser visto pelo aluno como um mediador do conhecimento e não um detentor autoritário, precisa despertar o interesse do aluno, sua criatividade, para que a aprendizagem ocorra de maneira harmoniosa.
O ensino da dança encontra muita dificuldade devido a ausência de significado sobre o seu real papel no espaço escolar. (www.rc.unesp.br)
Nessa perspectiva, podemos perceber que a omissão do real sentido do ensino da dança no espaço escolar favorece as inúmeras dificuldades enfrentadas por esse ensino. A falta de embasamento teórico, ou seja, objetivo, real proposta desse ensino, permitem que o trabalho com a dança seja realizado de forma desinteressada, de qualquer maneira.
Logo isso, resultará em um trabalho com defasagem, que automaticamente irá prejudicar o processo de aprendizagem. É preciso que haja uma reflexão sobre quais os propósitos, finalidades e objetivos do ensino da dança no espaço educacional.
Uma questão importante a ser ressaltada é a formação dos professores que atuam na área de dança, visto que é sem dúvida um ponto crítico no ensino desta arte no espaço educacional. (www.rc.unesp.br)
Diante da ressalva, podemos refletir que muitos professores não possuem nenhuma formação específica nesta arte, a dança no espaço escolar tem sido trabalhada por professores com formação apenas em magistério, pedagogia, ou ainda por professores de Educação Física. Logo os mesmos não possuem conhecimentos técnicos com relação a arte, isso favorece para que a dança seja trabalhada como uma forma de recreação ou esporte.
Diante disso, a solução seria que os professores se conscientizassem e refletissem sobre a necessidade de uma educação continuada, a necessidade de buscar embasamento teórico e meios práticos de como trabalhar com a dança dentro do espaço pedagógico, de forma que auxiliem na aprendizagem do seu aluno.
Portanto, a dança está presente de alguma forma nas salas de aula. Precisamos realmente, trabalhar com a dança de forma pedagógica e não utilizá-la como uma forma de diversão, entretenimento. Diante disso devemos analisar, discutir e refletir sobre a função e o papel da dança enquanto processo de educação.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Com tudo o que foi exposto no presente estudo, não há como opor-se que a dança contribui no processo ensino aprendizagem. Por meio dessa arte adquiri-se um desenvolvimento gradativo, com melhora no rendimento escolar, mudança positiva no comportamento, entre muitos outros aspectos, devido à dança ser uma atividade completa que exercita corpo, mente e alma. Por isso é necessário a introdução dessa arte nas escolas, a fim de que as crianças tenham acesso à arte e à cultura.
O aprendizado por meio de atividades como a dança, possibilita uma melhora significativa no comportamento social dos alunos, além de desenvolver os aspectos cognitivos e motor, resultando na formação de um cidadão ético, formador de suas opiniões e idéias.
Portanto, o educador deve ter uma atitude consciente na busca de uma prática pedagógica mais coerente com a realidade, como a dança, que leva o indivíduo a desenvolver sua capacidade criativa numa descoberta pessoal de suas habilidades, contribuindo de maneira decisiva para a formação de cidadãos críticos autônomos e conscientes de seus atos, visando a uma transformação social.
Espera-se que essas reflexões levem a novas idéias e discussões, sobretudo, do aprofundamento da dança, nos espaços escolares enquanto um conteúdo importante para auxiliar o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.
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Por MERIELE SANTOS ATANAZIO DA SILVA LIMA