Mesmo
a Egiptologia afirmando que não existe nenhum registro da dança nos
papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível
que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem
conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os
movimentos de contração do parto.
Com
o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no
país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da
evolução na Antiguidade.
Por
possuir elementos corporais e sexuais femininos, acredita-se que sua
origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos
movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era
considerada um ritual sagrado.
As
manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos
atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia,
Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos
religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães.
São
marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou
combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril,
entre outros.
Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, inclusive com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930.
Benefícios da Dança do Ventre
Por Débora Sabongi
Para
a mulher a dança do ventre traz inúmeros benefícios, tanto do ponto de
vista corporal, estético, quanto psicológico. Podemos citar alguns
pontos mais visíveis e importantes:
Corporal
- Uma aula de dança do ventre propicia queimar muitas calorias, auxiliando no processo de emagrecimento;
- Tonifica e enrijece a musculatura do abdômen, pernas, braços, costas e glúteos;
- Aumenta e ativa a circulação sanguínea;
- Trabalha as articulações, melhorando seu condicionamento;
- Proporciona a reeducação postural;
- Aumenta a flexibilidade e resistência física;
- Desenvolve a coordenação motora e melhora o eixo de equilíbrio;
Estético
- Aprende a ter um cuidado mais delicado com o próprio corpo;
- Cria um estimulo para dietas saudáveis, no sentido de potencializar seu visual; entenda-se isso, por criar uma disciplina nos hábitos alimentares e não cair em dietas mirabolantes sem resultados positivos;
- Desenvolve a capacidade de ressaltar seus pontos interessantes e atenuar os menos favorecidos, trazendo um bem estar com o próprio corpo;
Psicológico
- Desenvolvimento imediato da auto-estima: a mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas;
- Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade;
- Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo;
- Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos.
- Estimula a criatividade;
- Através de seqüências e laboratórios/dinâmicas trabalhamos a percepção sensorial. Isso cria uma sensibilização na mulher, de forma que sua leitura musical é decodificada através de movimentos precisos e que a colocam em contato com seu interior, suas próprias emoções;
- Desta mesma forma, a timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, possibilitando melhoria nos relacionamentos;
- Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios;
- Dança do ventre dá barriga?
Não! Pelo amor de Deus, pense no trabalho que a gente tem pra dançar essas coisas, no tanto que cansa, que mexe, que sua.
Este é o mito mais comum, muitas mulheres deixam de praticar a dança por este motivo que é uma grande mentira!
O mito existe porque nos países de sua procedência, culturalmente, as mais gordinhas são mais apreciadas na dança.
Pelo
contrário, a dança enrijece os músculos abdominais, trabalha a força e
a elasticidade dos músculos abdominais, usando as ondulações dos
quadris que adquirem um formato levemente arredondado – como o de um
violão, bem feminino;
Modalidades
A
Dança do Ventre possui diversas modalidades desde a tradicional que
não utiliza nenhum objeto até outras variações nas quais se dança com
objetos cênicos.
Candelabro (shamadan)

Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.
É
uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de
casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países
árabes.
Assim,
é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos
noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o
caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma
dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.
Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.
É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.
(...)
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