terça-feira, 26 de abril de 2016

DANCE: bellydance Improvisation

E então vc dança uma música que nunca ouviu na vida...e ela falha no final!

Bem...eu amei a experiência... <3





segunda-feira, 18 de abril de 2016

"OS PRIMEIROS NOMES PRÓPRIOS – DANÇA NO SEC XIX"

Vi esse texto aqui no Facebook da Lulu.
Eu falei um pouquinho sobre isso na minha pesquisa acadêmica e concordo com algumas coisas desse texto. Na verdade o que está compilado  aqui é facilmente encontrado em sites diversos, seja em inglês, seja em português. Discordo de algumas datas e acontecimentos. Mas faz parte, coisas da internet!
Como é um suuper resumo e curtinho, resolvi postar aqui.

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"Um texto  sobre os primórdios da dança Oriental
OS PRIMEIROS NOMES PRÓPRIOS – DANÇA NO SEC XIX
A revolução que fez desenvolver a Dança Oriental, se deu toda durante o sec XX principalmente através da criação do Cassino Badia, suas idéias inovadoras e as estrelas que protagonizavam seus shows

Mas antes delas existirem , também existiram outras bailarinas que eram profissionais, tinham suas performances ligadas a companhias de dança e estavam pelos palcos. Conhecemos os nomes de algumas delas.
Shaiqa la Copta 
1851-1926, El Cairo.

Shafiqa al-Qibtiyya nasceu em Sobra, no Cairo em 1851 e cresceu no seio de uma família religiosa, seu nome sendo ligado a sua devoção pela igreja ortodoxa copta de onde nasce parte de seu nome, De fato diz-se que esteve a ponto de converter-se monja.

Participa de sessões de Zaar. Popularizou o equilíbrio de candelabro e Bandejas ao dançar.
Aos 13 anos foge de casa, unindo-se a um grupo de músicos de rua, para dançar nas cercanias do Cairo. Em uma de suas apresentações conhece aquela que mais tarde seria sua Mecenas e quem lhe apresentou os prós e contras do mundo do teatro. Shooq, que a convidou para integrar seu grupo.

Shooq é a primeira bailarina oriental conhecida. Alcançou o ápice de sua carreira em 1971 o ano em que dirigia seu grupo de bailarinas, músicos e cantores, conseguindo reconhecimento em todo o Egito. Não se sabe muito mais sobre ela, a parte que foi uma grande referência, para muitas bailarinas que surgiram depois.

Depois de bailar no Clube “El Dorado”, com a experiência adquirida abre no Cairo seu próprio clube “Alf Leyla” com um programa artístico amplo e decoração luxuosa. Consegue conquistar a classe alta do Egito, de quem recebia muitos presentes em seus espetáculos. Sua competição direta era a bailarina de classe alta, chamada Bamba Kashar.
Em 1917 dança em Paris com a exposição Universal, e se apresenta com sapatos de ouro com pedras preciosas ganhando o primeiro lugar.
Sua vida amorosa era agitada. Casada com um homem que a enganava, se divorcia e conhece a um homem muito mais novo que ela, a quem tem que abandonar por diferenças sociais, essa desilusão amorosa a faz entrar em uma depressão e nas drogas. Em 1924 regressa ao Egito, doente e com diabetes. Morrre em 1926 só e arruinada. Ao seu funeral só estão presentes dois homens, seu ex marido e seu protetor durante anos.
Em 1963 o cineasta Hassan Al Imam dirige o filme “Chafiqa El Koptia”.O papel de Shafiqa foi interpretado pela atriz e bailarina Hind Rostom apelidade de Rita Hayworth do Oriente.

Bamba Kashar 
1859-1930, El Cairo.

Conhecida como Sele l Kud ( a mulher de todos )
Nasceu no Cairo no seio de uma importante e nobre família. É contemporânea de Shafiqa , mas enquanto Shafiqa dançava nos teatros e salas de festa, Bamba se negou a trabalhar em lugares públicos e atuava apenas em mansões privadas para celebrar casamentos e festas familiares da classe alta da sociedade
Foi a primeira artista a criar um festival que se chamou “the Zaar Concerts”
Era também conhecida por organizar sessões de Zaar exclusivas para as mulheres de classe alta
Em 1927 participa do filme “ Laila” interpretando uma bailarina beduína. Ela foi a primeira bailarina da históia do cinema egípcio.
Em 1974 foi feito um filme sobre sua vida. Seria o primeiro filme protagonizado por Nadia el Guindy "Bamba Kashar فيلم بمبة كشر")


Little Egypt 
1871 -?Siria


A primeira bailarina que se apresentou nos EUA ,na exposição internacional de Chicago em 1893, dentro de uma demonstração intitulada “ bailarinas argelinas do Marrocos” em que participaram bailarinas argelinas, ciganas gawazi do Egito e bailarinas de outras regiões do norte da Africa. Segundo os dados oficiais do evento venderam-se 2.250.000 entradas

Existem diversas versões sobre a verdadeira origem de Little Egypt
A reconhecida historiadora de dança oriental Wendy Buonaventura, opina que se trata da bailarina síria Farida Mazar Spyropoulos
Jamila Salimpour , de outra maneira , diz que é Fátima Djemille, afirmando que esta também havia sido vista em Wichita em 1882 , onde também se apresentou.
Fatima foi filmada por Thomas Edison em 1896, num filme apontado como imoral chamado “Fatima’s cochee-cochee dance “. Acabou famosa por ser um dos primeiros filmes censurados,( no youtube podemos encontrar duas versões uma que é na integra e outra onde aparecem faixas tapando os quadris da bailarina.
A ultima versão é Ashea Wabe, como afirma Donna Carlton em seu livro “ Looking for Little Egypt”


As três canditadas, a little Egypt; Farida, Ashea y Fatma 
Existem diversos filmes e canções norte americanas que mencionam ou tem como protagonista a “ Little Egypt”.


O filme que tem como protagonista Rhonda Fleming em 1951".


Por: Ruth Miro

segunda-feira, 4 de abril de 2016

...ser professora e aluna de dança...pode??





...então eu fiquei pensando com os meus botões sobre esse assunto semana passada.

Sou professora de dança, não nego, muitos sabem. Ministro aulas de dance mix, ritmos, dança do ventre, aulas criativas, contemporânea. Também dou aulas regulares de Ioga e alongamento, que também amoo demais.

Amo a dança, porém tenho uma visão diferente da maioria que não possui uma formação acadêmica em dança. Por mais que digam "nossa, que preconceito"! vou dizer: tem sim uma diferença. Mas não vou aprofundar nesse assunto hoje.

O que eu quis registrar aqui é que professoras de dança também podem ser alunas!! Por que  não?
Sou professora de dança, mas também gosto de ser aluna.
Algumas professoras se intimidam com isso. O que não deveria acontecer. Ir para aulas de daça como aluna é algo que me permito, é um momento meu. Com a minha dança, com a minha criatividade. 

O que ocorre é que se eu não me sinto bem de alguma forma, eu já perco a vontade de estar ali e como consequência, perco a vontade de dançar. Sou assim, fazer o quê. 

Em uma determinada aula de dança em que me matriculei, alguém soltou que eu era professora de dança. A Professora parou e me encarou por uns momentos. Suspeitei que a professora achava ou queria que eu entrasse na aula "aparecendo" fazendo piruetas e coisas tipo "Cirque Du Soleil", ou passos mirabolantes e diferentes...

Não sei o que passou na cabeça da professora. Ela disse, "olha, eu não quero te assustar, olha eu faço isso, isso e isso na minha aula"... Eu falei para ela: "não se preocupe, está tranquilo". Ela fez uma expressão do tipo "você acha que está tranquilo??" 

Na verdade não vi nada demais na aula, nada de novo, nada que me acrescentasse para falar a verdade - já que estou aqui escrevendo sobre isso. 

Mas de certa forma, a professora deve achar que a aula dela é top, é a difícil, é a não sei o quê. O que ela faz nas aulas eu faço semelhante com as minhas alunas. E pelo "nível técnico" de dança que as alunas dela demonstraram, que não era nada além do básico...fiquei sem entender. Fiquei me perguntando se era só para aparecer... Percebi que um simples respiro que eu dava, a professora chamava a minha atenção no sentido de "O que é que você está fazendo aqui? essa turma não é para você". Ou, em outras palavras "Você não é bem-vinda". Nunca respondi, retruquei e nem tentei dar explicação de nada. Sempre mantive o silêncio. Na minha opinião, é o melhor

Acho que ter uma aula com uma Professora Estrela (ou pelo menos que se acha uma) não estimula e nem inspira. 

Existe sim diferença quando um professor te corrige, tenta mostrar, ensinar, transmitir. Não precisa ser expert para ter essa percepção no sentido de cuidado aluno-professor.

Não me matriculei em uma turma para aparecer, entreter ou para ensinar alguém. Aquele momento é meu. Para aparecer, entreter ou ensinar, tem que me pagar meu bem!

Senti que em menos de um mês era hora de trocar de turma novamente. Eu já tinha migrado de uma turma (que eu adorava!!) para esta da estrelinha, por conta do trabalho mesmo. Em turmas avançadas pelas quais já passei, é a primeira vez que me sinto como uma "ameaça ao território alheio". Não sei se acho graça, ou se acho péssimo. Eu só queria estar ali e dançar, de boa, tranquilamente, na minha...

De fato, como não me senti bem-vinda e como eu acredito que não preciso dessas picuinhas frustrantes, troquei de turma, de mesmo nível. E a minha professora atual é cuidadosa, atenciosa, prestativa. Ensina, corrige, conversa. É isso o que eu faço com as minhas alunas e acredito que isso é o que se faz quando amamos: dançar e ensinar ! 

Queremos ver o melhor de nós no outro <3  Eu pelo menos me sinto muito orgulhosa quando transmito meus conhecimentos e observo que as alunas assimilaram, entenderam, compreenderam e querem continuar os estudos! 

Afinal, ser professora e aluna de dança ao mesmo tempo pode? Pode sim. Dessa forma você pode aprender a observar como se sente um aluno. Se colocar no lugar do outro é importante e muda muitas coisas!

É sim, uma ótima experiência!
Um abraço!!
Christiny